Capítulo 13: O início da guerra (7th Anniversary)

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Quando TalkieWarrior e Templarix chegaram à Torre de Vigilância pelo teletransporte de East End, uma pequena multidão se juntou ao entorno delas quase que instantaneamente. Metahumanos e heróis assustados, alguns rostos longinquamente conhecidos.

Quando algumas pessoas se destacaram da multidão, pôde-se distinguir Zenith, Ririo, Lislac e Batman. Imediatamente, Talkie marchou na direção de Orion. Assim que chegou, sem hesitar, cerrou o punho e o atingiu com um soco cruzado de direita que o fez se curvar para a esquerda e cair no chão em seguida.

– Você não pensou em nos contar que vamos lutar contra um exército de metahumanos, imitação barata do Morcego?

– O que? – Ririo fez uma expressão confusa enquanto colocava seu braço na frente de Jessica, para que não continuasse avançando na direção de Orion.

– Por que você não pergunta para a Templarix o que ela encontrou na LexCorp? – Apontou com o polegar para trás. – É impossível ele não saber disso – olhou com desprezo para Orion, que mexia constantemente o maxilar, tentando fazer todos os movimentos possíveis, certificando-se de que tudo estava no lugar. – Limpe esse sangue da sua boca – Jessica terminou e passou pelas pessoas, cumprimentando Zenith com um aceno.

Quando Zenith foi até Templarix para abraça-la, Batman fez um sinal discreto para que Orion o seguisse.

– Você tem algo para dizer sobre isso? – Batman disse quando Orion e ele entraram em uma sala vazia.

– Eu não me lembro de nada sobre isso. Você não nos deixou trazer bagagem, mas eu sempre soube tudo sobre o ataque. Quero dizer, cresci ouvindo sobre ele repetidamente. Eu sempre soube tudo sobre isso... mas agora parece que está tudo ficando confuso.

– Você se lembra onde o ataque foi concentrado?

– Metrópolis... tinha mais algumas cidades. Talvez... Gotham?

Batman olhou sério para ele, antes de dizer, em tom preocupado:

– Preciso que você grave agora tudo o que ainda se lembra do ataque – passou a se movimentar e fez sinal para que o seguisse. – Sem excluir nada.

– Certo – Orion o seguiu para fora da sala.

– Oracle – Batman disse para o próprio bracelete.

– Olá – uma luz verde emergiu do objeto, revelando um rosto de holograma.

– O que nós sabemos sobre consequências mentais e físicas de viagem no tempo?

– Quase nada... a maioria são só teorias, como as que sempre existiram. Nada de muito novo ou surpreendente – o holograma respondeu.

– Preciso que você ligue viagem no tempo com perda progressiva e acelerada de memória, de todas as formas que puder. Urgentemente.

– Certo – o rosto desapareceu.

– Vá para a enfermaria assim que terminar, quando chegar lá vão fazer alguns exames em você – Batman voltou-se para Orion.

– Ok – desviou da direção que seguia com Batman e, ali, se separaram.

Enquanto isso, na ala central, Templarix olhava em volta assustada com a quantidade de pessoas na Torre.

– Essas pessoas estão aqui há um ano? – Sussurrou para Zenith, enquanto todos a olhavam como se ela fosse uma atração turística. – Como... refugiados?

– Sim. Eles são metahumanos – Zenith explicou enquanto ela cumprimentava alguns. – Temem o que Luthor pode fazer se voltarem para a Terra.

Ela sentiu um pesar dentro de si. Os rostos curiosos, esperançosos e assustados dos metahumanos que se escondiam em uma estação espacial há mais de um ano lembraram-na de quantas oportunidades teve para deter Luthor e não o fez – o quão negligente foi com todos. Queria abraça-los, dizer que fariam tudo que fosse possível e que não desistiria de nenhum deles, mas alguns rostos torcidos em reprovação constatavam que seu caso com Luthor não era segredo para ninguém. Com mais culpa, medo e vergonha dos que a reprovavam do que esperança e compaixão pelos que sorriam para ela, abaixou o rosto e atravessou a multidão em silêncio.

Beyond Heroes 3: StelliumOnde histórias criam vida. Descubra agora