Capítulo 7

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Igor entrou na casa de Fabricia para saber mais sobre a nova vizinha deles. Enquanto ela falava sobre Beth, ele prestava atenção em suas palavras. Igor tinha achado a garota muito bonita, mas não disse nada a amiga, já que esta estava super entusiasmada com ela.

— Então ela veio te pedir açúcar?

— Sim. Ela e os pais queriam tomar um café.

— Parece até coisa de filme... — ele sorriu — Só não pode deixar sua tia reparar que está faltando açúcar.

— Caraca! Eu nem tinha pensado nisso. Ela vai me matar!

— Não se preocupe. Eu vou lá em casa e trago para repor...

— Mas acho que não...

— Eu sei como é sua tia. Eu vou lá e trago... É rapidinho.

— Tá bom! Obrigado, amigo!

Igor saiu da casa com a caneca em mãos e observou o caminhão de mudanças ainda parado na casa da frente. Beth estava ajudando os pais a carregarem as coisas e viu o garoto. Os dois ficaram se olhando por alguns minutos.

Igor saiu do transe e foi correndo para casa. Fabricia estava quase terminando de preparar o almoço. E se sentiu aliviada por estar tendo atração de novo por outra menina. Ela nunca poderia ficar com Karla. Só restava seguir em frente.

Igor abriu a porta da casa da amiga e entregou a caneca cheia de açúcar a ela. Ele estava um pouco nervoso e sentou-se a mesa.

Logo Fabricia avisou que o almoço estava pronto e ofereceu, mas ele não quis.

— Valeu, amiga. Eu já almocei.

— Tá bom...

— Cadê a sua tia?

— Ela foi entregar umas encomendas.

Fabricia percebeu que ele estava um pouco sério e perguntou:

— O que foi?

— Nada. Eu só... Eu só estava pensando em uma coisa...

— Diga. — disse ela, comendo um pedaço de frango.

— Você acha que essa Beth é lésbica?

— Não sei te dizer. Mas eu espero que seja.

— Eu só estou te perguntando isso, porque você está sofrendo aí por causa da Karla. E eu não quero que continue sofrendo.

— Ela foi muito gentil comigo... Até reparou em um porta-retratos que tem e minha mãe lá na sala.

— Você vai investir nela?

— Mas é claro que sim! Ela é muito linda! Nem parece essas meninas que eu pego na balada. — suspirou, animada — Você precisava ver a carinha de anjo dela me pedindo açúcar... Foi irresistível!

—... Ok. Se precisar de mim para conquistá-la, tô aqui... — disse ele, levantando-se.

— Já vai?

— É. Eu quero estudar um pouco aquelas questões de matemática...

— Tudo bem. Depois eu te conto como foi o jantar.

O cara dos meus sonhos (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora