Capítulo 8

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Finalmente a noite chegou. Não se sabia ao certo quem estava mais ansioso com o jantar. Karla se arrumou toda, colocando o melhor vestido para aquela ocasião especial. Já o seu pai tinha preparado um delicioso Risoto de camarão. A receita era herança de sua falecida avó.

Karla foi até a cozinha e tentou beliscar a comida, mas seu pai não deixou.

— Não, senhora! Vamos esperar nossos convidados. — disse ele, todo alegre.

— Eu estou com uma sensação ruim, pai.

— Como assim? — perguntou ele, preocupado.

— Não sei. Não deve ser nada, né?

— É. O nosso jantar vai ser muito especial, filha.

Dona Ivone saiu do quarto, toda perfumada e arrumada. Em seguida, olhou para a filha e a elogiou.

— Como você está linda, minha filha!

— Obrigado, mãe. A senhora também está muito bonita!

— Que carinha é essa? Posso saber?

— Ela está com uma sensação ruim, querida. — interrompeu Walter, lavando uma vasilha na pia.

— Não vamos pensar nisso! Vai dar tudo certo neste jantar.

Logo o relógio apontou oito horas. E, neste instante, alguém bateu na porta. Karla foi correndo atender. O seu sorriso estava enorme quando viu quem era.

— Olá, Karla. — disse Rodolfo, com um sorriso branco muito envolvente.

Karla quase suspirou de tanto deslumbramento. Mas voltou a si quando disse:

— Olá, Rodolfo! Entre...

Rodolfo estava uma camiseta vermelha e uma jaqueta jeans. Ficou um pouco sem jeito ao verem que eles estavam mais formais.

Walter se aproximou para cumprimenta-lo.

— Então você é o famoso Rodolfo?

Rodolfo sorriu sem jeito e perguntou:

— Famoso? Como assim?

— A Karla sempre fala de você.

Karla ficou com vergonha e Rodolfo sorriu para ela. Em seguida, ele cumprimentou a dona Ivone.

— Seja muito bem-vindo aqui, Rodolfo. — declarou Ivone.

— Muito obrigado. — agradeceu o garoto.

Walter e Rodolfo sentaram-se no sofá e ficaram conversando. Dona Ivone falou com a filha na cozinha.

— Que rapaz lindo, filha! — comentou Dona Ivone, em tom baixo.

— É. O Rodolfo é encantador.

— Eu iria gostar de ter um genro como ele.

— Para, mãe! Eu já te disse que eu e ele somos só amigos.

— Sei... — a mãe sorriu.

De repente, Karla ficou sem graça. Dona Ivone percebeu e perguntou:

— Você está de novo com a sensação ruim?

— A Fabricia ainda não chegou.

O cara dos meus sonhos (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora