Capítulo 16

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Rodolfo parou o carro em frente sua casa. Mas ficou assustado quando viu Karla parada com os braços cruzados. Parecia estar com raiva e os seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Cristina olhou para o ficante e se perguntou quem era aquela garota ali.

— Quem é aquela, Rodolfo?

— É... É uma colega de aula. Eu vou ver o que ela quer. Fique aqui...

Rodolfo se aproximou dela e perguntou:

— O que está fazendo aqui, Karla?

— Ué... Não posso vir na casa do meu namorado?

— Pode, mas... Você não avisou.

— Para quê avisar? Para você esconder a sua peguete?

— Não. Claro que não. Aquela é Cristina, uma amiga minha. — disse ele, apontando para a loira no carro.

— Amiga? Você espera que eu acredite nisso?

— Por que é difícil de acreditar? Eu te amo, Karla. Não trocaria você por mulher nenhuma.

— Por que isso aqui não me deixa acreditar mais em você... — ela mostrou o vídeo em que ele aparecia transando com a Cristina.

— Karla, como conseguiu isso?

— Não interessa. Você me enganou, Rodolfo!

— Karla, isso aí foi uma coisa sem importância... Você, sim, é importante para mim.

— Eu nunca fui importante para você, Rodolfo. Se eu tivesse sido, você não teria me feito de palhaça!

— Não é verdade... Eu gosto muito de você. — ele se ajoelhou aos pés dela. — Eu prometo que isso não vai mais se repetir. Por favor, me perdoa!

Cristina ficou com raiva de ver aquela cena e saiu do carro, indo em direção a eles.

— Que palhaçada é essa, Rodolfo?

Rodolfo saiu dos pés de Karla e falou para sua peguete:

— Cristina, vai embora, por favor.

— Você quer que eu vá embora? Tá me achando com cara de idiota?

— Cristina, vai embora daqui!

— Ok. Mas não me procure mais, seu cachorro! Vamos ver se essa aí vai te perdoar! Porque eu é que não vou.

Cristina foi embora, e Rodolfo voltou o olhar para Karla.

— Viu? Ela não é importante para mim, porque eu amo você. Tem que me perdoar!

— Acabou, Rodolfo! Eu não quero mais nada com você... Você se tornou um pesadelo para mim.

— Karla...

De repente, uma viatura estacionou na frente da casa dele. Rodolfo ficou muito assustado com aquilo. O que estava acontecendo? Juntamente com o delegado Ítalo, estava o pai de Karla, o Walter. Karla também não estava entendendo nada.

O delegado se aproximou dele e disse:

— Você é o Rodolfo, não é?

— Sim, sou eu. Posso saber o que está acontecendo?

O cara dos meus sonhos (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora