Capítulo 26: Dilacerado.

1K 160 136
                                    

Pessoal gostaria que lessem ouvindo a musica acima (quem conseguir, meu cel não colabora com essas coisas também kkkk) Ouço essa musica há algum tempo, mas só agora fui procurar a tradução. E minha nossa! caiu como uma luva para esse momento tenso do Edward e da Lizie. O video tem a tradução para quem ficar curioso :3

Acho que é isso, vamos ao capítulo \o/

***

Meu reflexo no espelho refletia exatamente como estava por dentro. Destruído, exausto, um caco. O remorso me consumia hora após hora. Meu peito ardia em arrependimento e com a dor da perda. Sofria e a culpa era totalmente minha. Merecia que minha testa fosse tatuada com a palavra "idiota" como um lembrete eterno.

Fechei os punhos sobre a pia e baixei a cabeça. A respiração entrecortada chiava dentro do peito. Meus ofegos enchiam o banheiro. Tornara-me apenas a sombra do guardião que um dia já fui. Estava recluso em meu quarto a cinco dias, mal comia ou bebia, dormir era artigo de luxo porque minha consciência não deixava que pregasse os olhos sem ver ou ouvir Elizabeth.

- Até quando vai deixar que sua covardia fale mais alto? - Sussurrei para mim mesmo. - Porque está se tornando uma criatura medíocre digna de pena. - Levantei a cabeça voltando a encarar meu reflexo. - Até quando vai deixar seus deveres de lado?! - A raiva encheu-me. - Já chega! - Guiado pela fúria que sentia de mim mesmo soquei o espelho estilhaçando-o.

Entre os dedos um rio carmim escorreu pingando na pia manchando o azulejo branco. Aos poucos a dor de minha mão dilacerada ofuscou a dor de meu peito. Respirei fundo e afastei o punho do espelho. Abri a torneira e coloquei a mão machucada debaixo d'água.

Pouco a pouco os cortes fechavam-se logo não havia vestígios de meu descontrole a não ser o espelho quebrado e manchado com meu sangue. Gostaria que meu emocional se curasse com a mesma velocidade.

Entrei debaixo do chuveiro e deixei que a água corresse livremente por meu corpo na esperança que levasse toda tristeza e vergonha embora, sentia-me sujo, indigno. Encostei a cabeça na parede os olhos firmemente fechados.

- Ela está bem... Você fez o que era certo. - Essa mantra já não me convencia mais, muito pelo contrário só fazia aumentar minha incerteza. "Nem sempre o que achamos ser a coisa correta realmente é." As palavras de lorde Sky açoitavam-me em resposta.

Saí do box pingando, pisei no chão frio escorregando as vezes até chegar ao closet. Sacudi os cachos ainda mais crescidos por falta do corte regular que dedicava aos meus cabelos uma vez por semana.

Vesti-me rapidamente e desci, assustei-me com a quantidade de coisas na sala. Mochilas de suprimento estavam sobre o sofá. Espalhados pela mesinha de centro objetos de localização: mapas, bússolas e anotações geográficas. Em um canto Encostado a parede estavam dois arcos, um longo e um recurvo. Dois pares de aljavas contendo 30 flechas cada uma e três espadas sendo que duas eram longsword com suas lâminas duplas imensas. E uma rapier, sua lâmina era estreita com uma ponta afiada, a fazia perfeita para perfurações. Seu punho era intrincado feito para proteger as mãos durante uma batalha.
Parece que lorde Sky e Madison estiveram bastante ocupados.

- Olha só o ursinho Pooh resolveu sair de sua toca. - Era Madison, a guardiã parecia está indo treinar, pois vestia um short de box, uma blusa regata e estava descalça enquanto carregava uma par de luvas debaixo dos braços. A olhei envergonhado e cauteloso, desde que ela falou aquelas verdade não nos falamos mais. Aparentemente ela não estava mais com raiva de mim. Senti-me um pouco melhor.

- Ham ram.

- Isso é bom, Sky não ia me convencer a deixá-lo em paz mais uma vez. - Os olhos claros dela brilharam com humor e com outra emoção camuflada.

Guardiões Vol 1. (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora