A energia de Edward atingiu-me com uma força surpreendente não precisava ver para saber que meu amigo estava no limite seu autocontrole não duraria muito. Dei meia volta e segui o rastro de energia tão denso que chagava a ser palpável tinha certeza de que poderia sentir essa energia a quilômetros de distancia. Não demorou para lorde Alterf me alcançar.
- Ed o achou. - Murmurei para o conselheiro alado. Engoli em seco sabendo que a raiva que eu sentia era a mesma de meu amigo e isso não era nada bom. Porque Edward ao contrário de mim não tem nenhum problema em realizar as ameaças que faz. - Temos que nos apressar antes que Ed faça uma besteira. - Não iria ver meu amigo se corroendo de remorso, dessa vez posso impedi-lo.
- Edward não iria matar...
- Não teria tanta certeza. - A cara que fiz foi suficiente para o guardião ao meu lado se convencer.
Cortamos o céu em super velocidade. Às pessoas nas ruas apontavam espancadas para nós enquanto Hugo o lobo caçador tirava os pedestres de sua frente nos seguindo.
Aterrissamos em uma viela estreita que levava para a rua principal no momento em que Edward desembainhava sua espada. Seu prisioneiro estava a seus pés amedrontado. Dalibor estava com a aparência de que acabara de levar uma tremenda surra, o rapaz pressionada o nariz que provavelmente estava quebrado os olhos cheios de terror estavam presos no guardião irado a sua frente.
- Ed...
- Ele merece meu senhor. - A voz de meu amigo estava tremula carregada de ódio. - Não me peça para poupá-lo, não quero ter que desobedecê-lo. - Sentia a aura do guardião pulsando a nossa volta em um reflexo de seu estado atual.
- Eu mais do que ninguém sei como está se sentindo. Acha que a minha vontade não é de fazer esse crápula pagar lenta e dolorosamente? Ele levou Mady de mim! - Fechei os punhos com força deixando os nós dos dedos brancos. - Não faço idéia de como ela está nesse momento. Você pode imaginar como está sendo difícil me manter sob controle? Mas é pensar em como iria decepcioná-la se eu fizesse o que meus desejos mais obscuros querem é o que está me mantendo lúcido. Pense em Elisabeth. Vale apena sujar suas mãos e sua consciência com o sangue desse verme? - Fiz uma pequena pausa. Não podia ver a expressão dele; no entanto sabia que minhas palavras surtiram algum efeito. - Não vou impedi-lo ou julgar a sua decisão só não quero que a dor do arrependimento te assombrem novamente.
Com um brado assustador Edward ergueu a espada acima de sua cabeça para o golpe de misericórdia. O menino fechou os olhos esperando pelo inevitável. Minha respiração acelerou quando o braço de meu amigo desceu. O guardião mudou a trajetória do golpe no último segundo e ao invés de perfurá-lo com a espada ele o acertou com a empunhadura derrubando Dalibor inconsciente contra o chão de terra.
Soltei o ar que havia me dado conta só agora que a estava segurando e fui até ele. Edward olhava para o chão enquanto guardava sua arma de volta na bainha. Sua aura ainda tremulava a sua volta deixando bem claro que sua raiva estava longe de passar
- Ele a entregou para Lesath... Lesath se esconde em um lugar chamado reduto das sombras. Ah um castelo por lá que ele usa como esconderijo. - A voz dele não passava de um sussurro.
- Sei como chegar lá. - Alterf finalmente se pronunciou. - Hugo pegue esse moleque e leve-o de volta ao castelo. Você ficará responsável pela custódia dele até que voltemos.
- Sim meu senhor. - O lobo colocou o desacordado sobre o ombro sem um mínimo de esforço. - Você ganhou meu respeito guardião. - Hugo deu um tapinha no ombro de Edward e se retirou.
- Você fez o que era certo. - Tomei coragem para falar.
- É... Mas ainda sinto tanta raiva... - Edward trincou os dentes. Os olhos verdes reluziam como se chamas queimassem dentro de suas iris.
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Guardiões Vol 1. (Em Revisão)
FantasyCom certeza você já se perguntou se está só no universo, se a humanidade é a única raça pensante, e a reposta é simples: Não pense demais, isso só te fará ver o que não deve, e dificultar o meu trabalho. Quem sou eu? Sou o que chamam de guardião, um...