Capítulo 27: Uma nova razão.

1K 165 98
                                    

Estava furiosa, como ele ousou mexer com minha cabeça ainda mais do que já vem mexendo? Com que direito Edward apagou minhas memórias? Quem ele pensa que é? Rosnei mentalmente enquanto andava de um lado para outro em frente a porta parecendo uma leoa enjaulada. Algumas crianças que passavam pelo hall me olhavam com estranheza. Engoli o ímpeto de mostrar a língua para elas em mandá-las procurarem algo para fazer e me deixarem ficar com raiva em paz.

O pior era essa vontade de querer ouvir as explicações dele, deveria está amaldiçoando a existência daquele ser egoísta. E não querer ver aquele guardião nem pintado de vermelho com bolinhas amarelas. O pior é que no primeiro momento em que minha memória foi restaurada era exatamente o que queria; porem quando cada lembrança retornou a seu devido lugar o alivio tomou conta de mim.

Essa raiva toda que estou sentindo é frustração por está dividida em mandá-lo para o raio que o parta e perdoá-lo.

- Quer saber? Que ele vá para essa maldita viagem não me importo! – Grande mentira, só a idéia de ficar longe dele por tempo indeterminado foi suficiente para fazer meu coração se contrair. – Coração idiota... – Bufei. Abri a porta a tempo de vê-lo virando as costas para ir embora. – Espere... – Ele virou e olhou para mim, um pequeno sorriso esperançoso surgiu em seu rosto. Vou fingir que isso não teve nenhum efeito sobre mim. – Você tem uma chance... – Saí da frente da porta para que ele entrasse.

O guiei para meu quarto. Lá poderíamos ter mais privacidade e teria uma gama maior de objetos que poderia jogar nele caso precisasse extravasar minha raiva. Esperei que ele sentasse, permaneci em pé.

- Por que decidiu me ouvir? – Edward agora está sério.

- Talvez... – Hesitei. Ele havia me pego de surpresa. – Queria acreditar... – Fechei os olhos. Dana-se, serei sincera. – Preciso acreditar que você teve um bom motivo para fazer o que fez.

- Tenho um motivo... Mas creio que esteja longe de ser altruísta. – Ele desviou o olhar parecia envergonhado. – A verdade que tive medo. – Franzi o cenho. – É irônico como um ser imortal poderoso pode ficar indefeso... Só em imaginar quem ama ferido. – Edward suspirou e retornou a olhar para mim. – Fiquei imaginando se algo te acontecesse, de como minha vida é perigosa e de como não tenho o direito de envolver você nisso tudo. Então pensei que tirando suas lembranças relacionadas a mim e aos outros resolveria e que você seguiria em frente... Foi uma idéia idiota.

- Foi uma péssima idéia. – Cruzei os braços segurando-me para não sentar ao lado dele e abraçá-lo. O que sinto por ele não mudou; mas o que ele fez foi errado e não vou sair correndo para os braços dele. Edward vai ter que provar o que sente, pois não pretendo sofrer por ele de novo. – Você não tinha o direito de decidir por mim.

- Eu sei... Percebi isso depois. Peço desculpas. Não podia ir embora sem te pedir perdão.

- Vou com você.

- Ham... Não é uma boa idéia.

- Eu já tinha tomado essa decisão antes de você mexer com minhas memórias. — Falei firme Edward abriu a boca para protestar, mas fui mais rápida. — Não irei ficar aqui enquanto você está indo não sei para onde sem ter a certeza de que vou vê-lo novamente. — Não estava em meus planos que minha voz tremesse.

- Vai ser perigoso, não sei o que nos espera. – Ele contra-argumentou. Não vai ser tão fácil assim meu caro.

- Não importa. — Retruquei. — Você pode me ensinar a me defender... E está me devendo. — Senti-me mal por está usando o arrependimento dele como moeda de barganha. E o olhar ferido dele só me fez sentir pior. Droga! Não era para eu me sentir assim. — Edward... Aqui não é mais meu lugar... Leve-me com você. — Ele me encarou, quase podia ouvir as engrenagens em sua cabeça girando enquanto racionava.

Guardiões Vol 1. (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora