Capítulo 41: Aproximação.

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Era bom finalmente desfrutar de um banho quente sentiam-me renovado nem parecia que havia acabado de me recuperar de ferimento. Vesti a roupa de baixo e em seguida a calça. O banheiro do quarto que nos deram era quase tão grande quanto o cômodo onde era localizado. Aparentemente o conselheiro Alterf gosta de conforto e se não fosse pela localização não me incomodaria de viver por aqui com minha Elizabeth. Ah Elizabeth como pode desestabilizar toda minha estrutura com apenas um olhar?

Sei que ainda se sente culpada pelo que aconteceu naquele fatídico bosque enfeitiçado. O quê posso fazer para mostrar a ele que nada mudou no que sinto por ela?
Suspirei sem conseguir ter a idéia do que fazer.

Saí do banheiro enxugando os cachos com a toalha de rosto e fui até a mochila em cima da escrivaninha ao lado da janela por onde os raios do sol do meio dia entravam aquecendo o quarto. Abri o zíper da bolsa e comecei a cavoucar em busca do que queria. Foi então que um par de braços finos envolveu meu quadril. A respiração quente contra a pele de minhas costas nuas arrepiou até o último fio de cabelo presente em meu corpo.

- Que bom que acordou fada. - Virei-me para poder vê-la.

Seus olhos castanhos viajaram por meu dorso parando em um ponto específico de meu abdômen. Os dedos finos traçaram a linha tênue cor de Rosa que era a cicatriz que marcaria para sempre meu corpo.

- Será que um dia irei conseguir me perdoar pelo que fiz a você? – A voz tristonha de minha Elizabeth partiu meu coração.

- Sinceramente espero que sim. - Segurei sua mão e a trouxe até meus lábios onde beijei-lhe a palma. – Só quero que saiba que nada vai mudar o que sinto por você meu amor.

- Talvez... Esse seja o tipo de coisa que somente o tempo pode curar.

- Posso esperar com toda certeza. - Segurei seu queixo entre o indicador e o polegar e então toquei os lábios dela com os meus.

Fora apenas um selinho, mas foi o suficiente para acender todo meu desejo e amor por ela. Meus instintos mais primitivos gritavam por mais.
No entanto iria respeitar o espaço dela faria tudo de acordo com o ritmo dela.

- Obrigada. - Lizie abraçou-me é deitou a cabeça em meu peito. E no momento ela precisava de meu carinho e de minha compreensão. - Seu coração está acelerado. - Mesmo não sendo nada fácil disfarçar o efeito que tem sobre mim.

- Foi o beijo. - Confessei contente.

- Tão sincero. - Ela riu e inspirou meu cheiro fazendo-me ficar mais arrepiado e mais desejoso. Ajuda-me Lizie. - Tão cheiroso.

- É essência de guardião fragrância Edward. - Afaguei os cabelos dela. Se ela soubesse que tem um cheiro tão bom quanto. – Você sabe como melhorar meu humor.

- Fico feliz em saber disso. Porque sempre darei tudo de mim para tornar cada um de seus dias os melhores.

Não sei por quanto tempo ficamos assim apenas abraçados. Mas tinha a certeza que poderia ficar dessa maneira para sempre.

- Quer sair para explorar? - A morena quebrou o silêncio que havia se instalado entre nós.

- Boa ideia. - Na verdade queria mesmo era continuar juntinho a ela, mas ficava cada minuto mais difícil tê-la tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

- Vou tomar um banho e trocar essa roupa. Espera-me?

- Esperarei o tempo que for preciso. - Beijei-lhe a testa e a deixei sair de meus braços deixando para trás apenas a sensação boa de seu corpo contra o meu.

Estava em duvida se vestia uma de minhas camisas de linho ou as camisas de linho. A variedade era tanta que fiquei indeciso. Depois de muita duvida escolhi uma camisa de linho. Céus! Preciso voltar para a civilização de preferência onde tenha uma lojinha que não venda nada feito de linho.

Guardiões Vol 1. (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora