Capítulo 25: Murchando.

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Como prometido aqui está o ponto de vista da Elizabeth. 

Ps: Não vale matar a autora.

  💔💔💔  

Acordei sobressaltada pelo berro histérico de uma criança em seguida o barulho de uma porta batendo atrás de mim. Não tinha a menor ideia de onde estava e uma dor de cabeça lancinante parecia que iria rachar meu crânio ao meio. O pior era a sensação de está esquecendo alguma coisa e não saber o quê.

Olhei em volta tentando me localizar. Aquela rua era familiar. Estava sentada no beiral da porta Do orfanato em que vivo. Ouvi mais uma vez a porta dessa vez rangendo ao ser aberta.

- O Jesus Salvador! Elizabeth querida onde esteve esse tempo todo? – Ainda meio grogue ergui a cabeça encontrando as feições rechonchudas e enrugadas da senhora Allen. – Lizie querida. O que aconteceu? Onde esteve? – Levantei desajeitada enquanto os braços da mulher de meia idade sustentava-me e guiou-me para dentro.

- Eu... Saí daqui? - Franzi o cenho confusa.

- Oh Céus! Você não lembra? Você desapareceu sem deixar pistas. Procuramos por meses; mas parecia que Elizabeth Aan Turner havia evaporado.

- Por quanto tempo... - Sentei em uma das poltronas acolchoadas de seu escritório sentindo-me tonta e fraca. - Fiquei desaparecida?

- Quase dois anos.

- Céus! - Exclamei em pânico.

Minhas lembranças estavam um caos não tinha a menor ideia de onde estive e nem como voltei. Era como se houvesse uma parede impedindo que eu acessasse minhas memórias a sensação era angustiante.

- Calma querida. Vai ficar tudo bem. – A senhora afagou meus cabelos ternamente. Essa simples afirmativa me atingiu em cheio como se significasse mais do que conseguia lembrar. Dentro do meu peito senti uma pontada incomoda e uma vontade súbita de chorar. - Venha, descanse um pouco mais tarde quando estiver mais calma conversaremos. Apenas assenti ainda tentava forçar minha memória a dar as respostas que precisava foi um esforço inútil.

Guiada pelo braço dela em minha volta subi para o segundo andar cambaleando, lá havia várias portas entre abertas por onde olhinhos curiosos nos viam passar. Paramos em frente a uma no final do corredor.

- Está da mesma maneira que deixou. - Ela abriu a porta revelando um cômodo pequeno, mas arrumado. Havia uma cama de solteiro quase encostada a janela uma cômoda simples e uma escrivaninha.

Sobre a comoda três porta-retratos enfeitavam o móvel. Sentei na cama sentido-me esgotada.

- Se precisar de algo só basta chamar.

- Obrigada senhora Allen. - A diretora do orfanato saiu me deixando sozinha.

Deitei na cama e fechei os olhos. Gradativamente o incomodo no peito se tornava cada vez maior. Transformando a se em um buraco pulsante e dolorido como uma ferida aberta. Mais uma vez senti vontade de chorar sem saber o porque.

💔💔💔

Três dias após meu aparecimento repentino nada havia melhorado, era justamente o contrário. Não via graça em mais nada... Era como se minha vida tivesse perdido as cores. Mesmo o pouco sol que a nublada Londres possuía não conseguia me aquecer. Sentia-me vivendo em um eterno inverno monocromático.

Acho que "viver" não é a forma correta de definir minha existência atualmente. Existo, mas não vivo é a melhor definição. No dia seguinte a minha chegada a senhora Allen trouxe o psicólogo que faz visitas periódicas aos órfãos recém-chegados para tentar descobrir o que há comigo.

Guardiões Vol 1. (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora