— Agora que me lembro de tudo, o que vamos fazer? — Olhei para Harry que encarava o teto, mas logo olhou para mim.
— Voltar para casa, ouvir um sermão de um dia de seus pais e dos meus meus, e aí seguir nossa vida. — Harry sorriu se virando e me deixando embaixo de si.
Estávamos deitados na cama, depois de, bem, fazer amor.
— Se você estiver comigo, eu aguento até dois dias de sermão sem descanso. — Acariciei o rosto dele com carinho, Harry se deitou e me puxou para seu peito como estávamos antes.
— Eu não acredito que estamos aqui, você, deitado em meu peito, nu. — Ele sorriu malicioso e eu senti minhas bochechas esquentarem. — Você agora lembra de mim, de nós, e me ama, assim como eu te amo.
— Parece um sonho. — Suspirei e comecei a traçar contornos imaginários em seu peito.
— Eu te amo. — Ele murmurou baixinho em meu ouvido me deixando arrepiado.
— Eu sei, também te amo. — Beijei seus lábios e me deitei em seu peito para dormir.
No dia seguinte.
— Tudo bem, pegou tudo? — Perguntei colocando a mochila com roupas que Harry havia comprado para mim no porta-malas.
— Sim. — Assentiu. — Parece que estamos apenas voltando para casa depois de férias. — Harry disse e fechei o porta-malas.
— Foi tipo isso. — Eu o beijei e caminhei para a porta do carona entrando no carro.
— Acha que seus pais estão com muita raiva ainda? — Harry perguntou, eu o olhei e suspirei.
— Talvez um pouco menos que antes, mas por quê? — Perguntei colocando o cinto de segurança.
— É que eles gostavam muito de mim, e eu não queria que deixassem. — Harry disse e eu sorri com carinho para ele.
— Não se preocupe, eles ainda gostam de você, tenho certeza. — Murmurei e beijei seu rosto. — Só não mais que eu. — Sussurrei vendo a pele de Harry arrepiar.
Harry então dirigiu em silêncio, fomos pelo caminho que fazíamos desde crianças para ir e vir até a casa no campo. Nós passamos por algumas pessoas conhecidas, as quais eu fazia questão de acenar e perguntar como estavam.
— Como vai, D. Marta? — Perguntei a uma senhora que eu lembrava sempre me dar biscoitos e a Harry quando passávamos por ela.
— Bem, querido! Peça seus pais para virem me visitar. — Ela disse, eu concordei e voltei a colocar a cabeça dentro do carro.
— Bem, você falou com todos no caminho. — Harry riu e o olhei encantado pelo som de sua risada.
— Quando voltarmos aqui podemos parar e falar melhor com cada um? — Pedi, Harry sorriu assentindo.
O resto do caminho foi seguido comigo cantando as músicas que tocavam na rádio. Nesse tempo que passei com Harry os cantores que eu gostava tinham lançado uma música ou duas, eu precisava escutar calmamente para apreciar cada segundo da música.
Não muito depois Harry estacionou em frente a minha casa, eu sorri querendo sair correndo do carro, mas soltei o cinto lentamente e respirei fundo.
— Pronto? — Harry perguntou, eu o olhei e ele me encarava com carinho.
— É claro. — Sorri e saímos do carro.
Caminhamos lentamente até a porta de casa e bati três vezes esperando ser atendido.
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Remember Me [L.S]
FanfictionLouis sofre um acidente, e entra em coma por tempo demais. Quando a esperança de todos já estava sendo perdida, Louis acorda. Todos ficam felizes, principalmente Harry, que é melhor amigo de Louis. O problema é que Harry não está mais presente nas m...