4 - Presa fácil

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Ela estava espetacular com aquela cor da sedução, pronta para despertar o desejo em vários homens. Mas como aquele não era seu objetivo, ela simplesmente os dispensava.

Samantha, agora estava hospedada em outro hotel, com outro nome e outra aparência física.

Ela agora era morena, tinha olhos verdes e estava com uma maquiagem que a deixava com os olhos levemente engatilhado.

E novamente o poder de uma mulher decidida que demonstra seus interesses apenas com um olhar sedutor ,tinha levado vantagem, não se sabe necessariamente se o fato dos homens serem uns galinhas tinha contribuído. Porém ela já havia conquistado Paulo e o envolvido em um papo delicioso.

Algum tempo depois, sob a mesma proposta de quê ela ditaria as regras, eles partiram para o hotel que Samantha estava hospedada.

Paulo não parava de beijar e tocar Samantha, demonstrando todo o seu desejo por ela, e assim que entraram na recepção o inesperado aconteceu.

Ele segurou em seu cabelo pela nuca afim de dar-lhe um beijo quente no pescoço e a peruca de Samantha moveu-se do lugar, desencandeando um grande nervosismo na mulher, que até então estava firme e segura ao seu lado.

A recepcionista se aproximou e falou educadamente.

- Quer ajuda com a peruca senhora Letícia?

- Não precisa, estou bem. - Falando grossamente, ela arrastou Paulo para o quarto sem se despedir da pobre garota que buscava ajuda-la.

Já lá dentro, buscou uma explicação convincente para Paulo.

- Desculpe o ocorrido. Eu realmente odeio a cor de meus cabelos, por isso, uso peruca.

- Não seria mais fácil uma pintura? - Disse Paulo inocente.

- Odeio essas coisas em meu cabelo. Prefiro coisas que não agridam minha saúde.

Convencido com a explicação, ela voltou ao seu controle e equilíbrio da situação. Convidou ele a sentar-se na cadeira , pois iria dançar para ele como recompensa de toda tensão.

E lá estava outro personagem que enlouqueceu o homem, ela era uma coelhinha, colocou seu som preferido, um "sopranino com sons agudíssimos" e iniciou a sensualização para estimular o pobre Paulo.

A Flauta era seu gás motivador para relaxar ou atuar tão friamente sobre aquele pobre homem.

Diferente de Pedro, Paulo não avançou sobre ela, manteve-se quieto apreciando todo espetáculo de dança e sedução. Aquilo realmente estava o enlouquecendo, mas ele também estava acostumado a viver aquele jogo, queria mesmo era ver até onde ela iria.

Para Samantha aquilo já estava longe demais, queria uma chance de amarra-lo e iniciar logo sua vingança. Por isso, mudou a estratégia.

- Quero ver seu controle meu gatão. Vou te algemar e sugar todo seu equilíbrio.

- Você pode tudo comigo minha deusa sedutora. - Respondeu Paulo louco de excitação.

- Posso tudo meu lindo? - Disse Samantha de forma irônica ou melhor, diabólica.

- Tudo meu docinho. Desde que não deixe marcas no corpo.

- Posso saber porque?

- É que ... É minha mãe, ela cuida de mim com muito carinho e sempre vistoria meu corpinho delicioso.

Os dois caíram na gargalhada, cientes dos reais motivos.

Samantha o cercou com suas algemas nas mãos e o aprisionou pelas costas afim de iniciar sua tortura , quando ouviu toques na porta, deixando-a endiabrada.

- Quem diabos é? Não pedi nada.

Saiu bufando e quebrando todo clima do momento, demonstrando total desordem de seus planos.

Assim que abriu a porta se deparou com um homem musculoso, alto e de pele clara. Ele trajava uma roupa esporte fino e a interrogou.

- A senhora solicitou minha presença? Sou Reinan .

- Claro que não! Estou ocupada, com licença.

Antes de fechar a porta, o tal Reinan segurou a porta com o pé e ainda a presionou.

- Tem certeza docinho?  Seu tempo está acabando?- Falou o homem de forma descarada demonstrando seus reais serviços.

- Vai ao inferno!  - Disse Samantha e bateu a porta em sua cara .

Então ela pesou que as coisas naquele dia estava realmente complicada e decidiu agir rápido,  voltando deslocada.

- Quem era gata? Ah! A propósito, baixa essa som chato.

- Cala a boca idiota!  - Gritou exasperada.

Foi ao seu encontro e amarrou seu tronco na cadeira rapidamente.
Então ele gritou.

- Me solta sua louca!

Ela amordaçou sua boca e pegou a navalha.

- Você é teimoso e molenga! Ainda nem fiz nada e já quer gritar.

Nesse momento começou a deixar sua marca de flauta em seu corpo, dessa vez mais descontrolada e eufórica, enquando se ouvia murmúrios  de dor de Paulo e o som da flauta.

- Nunca mais machuque uma pobre garota que perdeu seu pai querido. - Falava de forma estranha como se estivesse possuída.

Samantha chorava com a face sombria e uma força exagerada usada em seus atos.

Ela dessa vez não levaria roupas e documentos consigo, Samantha usou uma tesoura e picotou tudo sob o olhar de espanto de Paulo.

- Vocês eram jovens maus ! Agora eu sou uma pessoa má. - Ela falava raivosamente, com um olhar frio que demonstrava estar em crise.

A culpa é sua! - Gritou.

Ela novamente estava fazendo vingança através da

perda,

da dor física e psicológica,

a impotência na ação,

e com certeza, a humilhação ao final.

Samantha começou a esquentar sua navalha em um vela ascessa para marcar sua pele e provocar a dor física.

Enquanto ela fazia isso, Paulo conseguiu alcançar sua calça que estava jogada no chão, usando o pé, ele retirou o celular e discou um número rápido e pôs-se a murmurar alto, como pedido de ajuda.

Logo que Samantha percebeu a ação,seu rosto se transformou de raivosa para endemoniada. Ela encostou a lâmina quente na pele de Paulo e ele acertou um chute nela. Samantha o atacou pelas costas, mas percebeu que tudo estava fora de controle, elém de correr risco de ser descoberta.

Por isso, preparou a seringa para faze-lo adormecer e esquecer de tudo.

Ela aplicou a injeção e se foi,  partiu como sempre, discreta, controlada e pronta para a próxima sedução perigosa.

Mas quem seria a próxima vítima?
Felipe ou Malcon?

No Ritmo da Melodia ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora