11 - Entre a vingança e o amor

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O medo emanava no lugar, os corpos estavam visivelmente tensos, e as mentes com certeza oscilavam entre a vida e a morte.

Se aquele fósforo caisse no chão, seria o fim de todos.

Mas felizmente o tempo estava passando, a madeira estava sendo consumida e consequentimente o fogo não mais existiria, pois Samantha estava com os olhos focado naquela mulher a nossa frente, até despertar e falar:

- Mãe,  o que está fazendo aqui? - Disse Samantha surpresa.

Mas que merda era aquela? -  Pensou Malcon.  Aquela era a mulher que apareceu nas câmeras, foi ela quem procurou por Samantha em um dos hotéis.

Porém antes que a senhora tivesse a chance de responder, a polícia adentrou o espaço e apontou várias armas na direção de Samantha.

Nesse momento já  não havia mais fogo no palito de fósforo.

Rapidamente Samantha segurou um novo fósforo e posicionou na mão.

- Mãe,  sai daqui ! - Rosnou ela.

- Nunca minha filha! Vem comigo e acabe com isso.

- Preciso finalisar minha vingança e você não está envolvida.  Você fez parte de meus poucos momentos de alegria. Por isso, saí daqui.

- Samantha Carmelo,  acalme-se e vamos conversar, apague esse fósforo por favor. - Um dos homens da Polícia interviu.

Outro fósforo foi asceso.

- Se alguém que não seja minha mãe sair daqui, eu coloco fogo em tudo e ainda aciono esse lindo botão e explodo tudo ao nosso redor. Garanto que ninguém sairá vivo.

Ela estava distante de todos e poderia facilmente colocar fogo em tudo e iniciar um incêndio naquele lugar ou explodir com todos os corpos com um simples toque no infeliz de um controle que ninguém ainda tinha percebido em sua mão.

Malcon precisava agir, ele não podia deixar sua vida se acabar nas mãos de uma louca,  ele também sabia que aquele monte de armas apontadas para ela não a afetaria ,  afinal de contas, ela queria acabar com a vida infeliz que ela tinha.

Mas então uma luz brilhou em sua mente.

Era a única saída.

A mãe!

O canivete!

Rapidamente Malcon agarrou a mulher e posicionou a arma em seu pescoço.

Samantha recuou! 

Samantha estremeceu!

Ela finalmente fraquejou e mostrou seu ponto fraco.

- Apague o fósforo ou mato ela agora! - Disse Malcon o mais confiante possível.

- Você é policial, não faria isso. - Rebateu Samantha. - Tentando evitar o nervosismo.

- Não faria isso, se não fosse em legítima defesa.
Não faria isso, se não tivesse à um passo da morte.
Não faria isso, se não estivesse com uma louca à minha frente.

Ela engoliu em seco . Mesmo não percebendo que era apenas um blefe, ela recuou.

- Largue- a ! - Samantha gritou.

- Apague o fósforo!  - Malcon retrucou.

Novamente a mãe interferiu.

- Meu amor, vem com a mamãe !

Nesse momento Malcon precionou o canivete mais firmemente no pescoço daquele mulher, que até então não tinha nome, mas estava dando uma chance de vida a todos.

Era o calcanhar de Aquiles de samantha.

Quando ela percebeu que as ações de Malcon eram sérias, Samantha iniciou um choro compulsivo, apertou a chama do fósforo na mão, caiu no chão e começou a se auto mutilar, arrancou mechas de cabelos, arranhou os braços usando suas próprias unhas, mas antes que alcançasse a tesoura para fazer maior estrago em sua vida , sua mãe a agarrou e logo foi lançada longe.

Alguns homens da polícia rapidamente ampararam a senhora e  segurou Samantha, imobilizando-a para colocar as algemas.

Ela seria detida.

Ela havia perdido.

Sua loucura foi freada pelo AMOR materno.

Havia chegado o fim de Samantha Carmelo.

Mas e quanto às mortes? Será que Samantha confessaria ter matado os homens?

Será que havia mais mistérios a serem desvendados?

E quanto a sua mãe, como chegou até ela? O que teria para falar para a polícia?

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