3 - Em busca do desvendar

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Ele era um policial ousado e destemido, agora como delegado se tornara ainda mais forte e corajoso.  Porém, assim que descobriu sobre a morte de seu amigo, tinha ficado um pouco abalado e em alerta. Não pelo fato da morte,  mas sim,  pelo forma como tudo aconteceu.

O corpo do amigo Pedro aparentava sinais de torturas e não apenas um simples assalto.

Seria vingança?

Por que meu amigo teria inimigos?

O delegado Malcon foi despertado de seus pensamentos ao ouvir alguns toques na porta seguido da entrada de seu assistente.

- Com licença senhor. Desculpe entrar assim, é que já havia batido algumas vezes.

- Tudo bem Gérson. Trouxe o que te pedir?

- Sim senhor. Está tudo aqui. Filmagens da boate, do hotel, exames e outros acréscimos que consegui.

- Muito obrigado.

No instante em que o assistente se retirou, o delegado começou a analisar as pistas e lá se deparou com alguns enigmas que o intrigou.

Realmente ele havia saído da boate e entrado no hotel acompanhado de uma loira extremamente sedutora, e ela, havia saído depois de alguns longos minutos.

Mas o que mais o intrigou foi a entrada de uma terceira pessoa naquele mesmo quarto. Ele usava um casaco com um capuz,  que dificultava seu reconhecimento.

Será que ela mesma havia retornado disfarçada, para complicar as investigações e assim acabar com o serviço?

Ou será que mais alguém teria acesso ao quarto?

Por que não tinha digitais?

Por que o uso de sedativos seguido de uma dose grande de veneno mortal, ao invés do veneno primeiro?

E por que diabos o desenho dessa flauta?

Eram vários questionamos que atormentava Malcon,  mas ele estava decidido a desvendar todos enigmas.

O delegado ouviu algumas testemunhas e todos afirmara que aquela mulher era um rosto novo na região e devido ao seu estilo elegante e seu jeito misterioso, havia chamado a atenção de muitas pessoas.

Depois de algum tempo, Malcon decidiu finalisar o expediente e ir ao velório do amigo.

Lá questionou informalmente alguns conhecidos e depois sentou-se e começou a observar o ambiente e as pessoas.

Quando seu faro de investigador captou um rosto estranho na multidão.

Ele levantou rapidamente e caminhou em direção aquele homem, este, logo percebeu a movimentação e se retirou. Malcon caminhava entre as pessoas com dificuldade para alcanca-lo, mas aquele estranho foi mais rápido e subiu em sua moto preta e partiu.

Malcon tentou gravar alguns traços do homem e retornou ao salão questionando a todos sobre quem era, mas ninguém sabia informar, até que um jovem afirmou tê-lo visto observando o caixão.

Aquilo corrompeu ainda mais a mente do delegado que então deu- se por vencido e seguiu para casa afim de descansar e buscar forças para resolver o mistério.

******

Alguns dias depois, Paulo e Felipe convidaram o amigo para relaxarem em um barzinho próximo e tomarem umas cervejas.

Malcon logo aceitou, pois era sábado à noite e há dias estava afundado naquele delegacia. Precisava relaxar se quisesse progredir melhor nas investigações.

Assim que se acomodaram e pediram a primeira rodada de bebidas, Paulo indagou a todos.

- E aí pessoal, contem as novas.

Malcon logo se prontificou a responder.

- Você sabe que pra mim ainda não tenho novas, mas não vou descansar até fazer justiça a morte de meu amigo.

- Nos sabemos amigo. E sabemos ainda que vai consegui.- Disse Felipe.

- Sim, conseguirei nem que precise arriscar minha própria vida.

Então novamente Paulo interviu.

- E você Felipe, conte uma novidade!

- Minha vida está na mesma. Estou em paz no trabalho e na família.

Então Paulo deu uma gargalhada e acrescentou.

- Eu disse uma novidade Felipe!  Algo que fuja desse seu estilo bom moço.

- Deixa de ser idiota Paulo. - Respondeu Felipe.

- Então já que ninguém fala, eu conto uma nova. Já estou a mais de um mês sem pular a cerca. Preciso de uma gata para a noite.

Foi a hora dos amigos garagalharem. Por mais conselhos que eles dessem, Paulo nunca abandonava aquele estilo cafajeste.

-Vejam rapazes, aquela morena que está a trocar olhares comigo há algum tempo. Digam se não é uma gracinha?

Os três homens sem um pingo de cautela olharam descardamente a morena e constataram sua beleza.

Nesse momento Paulo levantou, deu uma piscada para os amigos e disse.

- Se tudo der certo, não me esperem!

E assim partiu rumo à sua noite infernal.

Os amigos pagaram a conta e seguiram para seus destinos sem perceber que tinha entregado o amigo ao demônio vestida de sobretudo vermelho, combinando com seu batom, calçado e luvas.

No Ritmo da Melodia ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora