Ele era um policial ousado e destemido, agora como delegado se tornara ainda mais forte e corajoso. Porém, assim que descobriu sobre a morte de seu amigo, tinha ficado um pouco abalado e em alerta. Não pelo fato da morte, mas sim, pelo forma como tudo aconteceu.
O corpo do amigo Pedro aparentava sinais de torturas e não apenas um simples assalto.
Seria vingança?
Por que meu amigo teria inimigos?
O delegado Malcon foi despertado de seus pensamentos ao ouvir alguns toques na porta seguido da entrada de seu assistente.
- Com licença senhor. Desculpe entrar assim, é que já havia batido algumas vezes.
- Tudo bem Gérson. Trouxe o que te pedir?
- Sim senhor. Está tudo aqui. Filmagens da boate, do hotel, exames e outros acréscimos que consegui.
- Muito obrigado.
No instante em que o assistente se retirou, o delegado começou a analisar as pistas e lá se deparou com alguns enigmas que o intrigou.
Realmente ele havia saído da boate e entrado no hotel acompanhado de uma loira extremamente sedutora, e ela, havia saído depois de alguns longos minutos.
Mas o que mais o intrigou foi a entrada de uma terceira pessoa naquele mesmo quarto. Ele usava um casaco com um capuz, que dificultava seu reconhecimento.
Será que ela mesma havia retornado disfarçada, para complicar as investigações e assim acabar com o serviço?
Ou será que mais alguém teria acesso ao quarto?
Por que não tinha digitais?
Por que o uso de sedativos seguido de uma dose grande de veneno mortal, ao invés do veneno primeiro?
E por que diabos o desenho dessa flauta?
Eram vários questionamos que atormentava Malcon, mas ele estava decidido a desvendar todos enigmas.
O delegado ouviu algumas testemunhas e todos afirmara que aquela mulher era um rosto novo na região e devido ao seu estilo elegante e seu jeito misterioso, havia chamado a atenção de muitas pessoas.
Depois de algum tempo, Malcon decidiu finalisar o expediente e ir ao velório do amigo.
Lá questionou informalmente alguns conhecidos e depois sentou-se e começou a observar o ambiente e as pessoas.
Quando seu faro de investigador captou um rosto estranho na multidão.
Ele levantou rapidamente e caminhou em direção aquele homem, este, logo percebeu a movimentação e se retirou. Malcon caminhava entre as pessoas com dificuldade para alcanca-lo, mas aquele estranho foi mais rápido e subiu em sua moto preta e partiu.
Malcon tentou gravar alguns traços do homem e retornou ao salão questionando a todos sobre quem era, mas ninguém sabia informar, até que um jovem afirmou tê-lo visto observando o caixão.
Aquilo corrompeu ainda mais a mente do delegado que então deu- se por vencido e seguiu para casa afim de descansar e buscar forças para resolver o mistério.
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Alguns dias depois, Paulo e Felipe convidaram o amigo para relaxarem em um barzinho próximo e tomarem umas cervejas.
Malcon logo aceitou, pois era sábado à noite e há dias estava afundado naquele delegacia. Precisava relaxar se quisesse progredir melhor nas investigações.
Assim que se acomodaram e pediram a primeira rodada de bebidas, Paulo indagou a todos.
- E aí pessoal, contem as novas.
Malcon logo se prontificou a responder.
- Você sabe que pra mim ainda não tenho novas, mas não vou descansar até fazer justiça a morte de meu amigo.
- Nos sabemos amigo. E sabemos ainda que vai consegui.- Disse Felipe.
- Sim, conseguirei nem que precise arriscar minha própria vida.
Então novamente Paulo interviu.
- E você Felipe, conte uma novidade!
- Minha vida está na mesma. Estou em paz no trabalho e na família.
Então Paulo deu uma gargalhada e acrescentou.
- Eu disse uma novidade Felipe! Algo que fuja desse seu estilo bom moço.
- Deixa de ser idiota Paulo. - Respondeu Felipe.
- Então já que ninguém fala, eu conto uma nova. Já estou a mais de um mês sem pular a cerca. Preciso de uma gata para a noite.
Foi a hora dos amigos garagalharem. Por mais conselhos que eles dessem, Paulo nunca abandonava aquele estilo cafajeste.
-Vejam rapazes, aquela morena que está a trocar olhares comigo há algum tempo. Digam se não é uma gracinha?
Os três homens sem um pingo de cautela olharam descardamente a morena e constataram sua beleza.
Nesse momento Paulo levantou, deu uma piscada para os amigos e disse.
- Se tudo der certo, não me esperem!
E assim partiu rumo à sua noite infernal.
Os amigos pagaram a conta e seguiram para seus destinos sem perceber que tinha entregado o amigo ao demônio vestida de sobretudo vermelho, combinando com seu batom, calçado e luvas.
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No Ritmo da Melodia ( CONCLUÍDO)
Misteri / ThrillerSamantha Carmelo, era uma jovem de apenas 15 anos quando viu seu amado pai morrer em um trágico acidente de carro. Enquanto sua mãe dirigia, ele tocava uma linda melodia para ela, numa flauta que ela chamava de encantada. Porém, depois desse dia trá...