A cada respiração que era liberada, uma dor locomovia-se das costelas até o peito, a cabeça pesava tal qual um dia de ressaca ,ou melhor, martelava como um relógio analógico inquieto.
Mas felizmente, Malcon abrira os olhos e piscava várias vezes para se adaptar com a luminosidade, até perceber seu amigo Felipe do seu lado dormindo.
- Excelente acompanhante, dormindo feito um bicho preguiça. - Falou Malcon com uma voz estranha devido ao tempo que passara dormindo.
- Provavelmente devo ter aprendido com o mestre que já dorme à duas semanas.
- O QUÊ? - Malcon quase gritou, mas a dor forte nas costelas o impediu.
- Calma cara! Só estava brincando. - Respondeu Felipe preocupado.
- Há quanto tempo estou aqui?
- Desde ontem a noite.
- Que horas são ,Felipe?
- São 19:35 minutos, e antes que me pergunte, sua esposa acabou de ir pra casa cuidar de seu filho. Estão todos bem. Foi um prazer cuidar de sua mulher.
- Cala a boca imbecil, espero que não tenha tocado um dedo nela, nem para cumprimenta-lá.
Felipe sorriu juntamente com Malcon, mas logo cessaram o riso quando o médico entrou no quarto.
- Vejo que está bem melhor senhor Malcon. - Disse o médico.
- Pronto para ir para casa.- Ele respondeu.
- Vamos olhar seus últimos exames e os sinais vitais. Caso esteja tudo certo, sairá amanhã cedo.
- O quê houve comigo doutor?
- Nada demais para um policial, apenas duas costelas quebradas e um pequeno coágulo de sangue na cabeça. Nada que um bom repouso e medicamentos não resolvam.
Parecia ter sido algo grave, mas o aconchego da familia e um bom lar, com certeza resolveria.
O médico realizou todos os procedimentos necessários e depois se retirou com o propósito de obseva-lo novamente pela manhã.
Então Malcon não resistiu e perguntou sobre o destino de Augusto.
- Felipe, agora abra o jogo. O que aconteceu com Augusto?
- Tem certeza que você quer falar desse assunto desagradável hoje?
- Você tem dúvidas? Cara, essas respostas fazem parte de minha vida.
- Eu não sei muitas coisas ,mas o desgraçado saiu apenas com um pequeno corte na testa e uma pesada algema nas mãos.
- ENTÃO DEU CERTO!?- Vibrou Malcon.
- Claro que sim Malcon, você quase se matou para capturar esse cara. Espero que ele apodreça onde estiver. Seja na cadeia dos sãos ou dos loucos.
Novamente eles riram e aproveitaram parte da noite para conversarem relaxadamente assuntos aleatórios.
*****
DIAS DEPOIS...
Malcon estava lá, novamente sentado em sua cadeira, como de costume naquele ambiente que já fazia parte de sua vida, a delegacia havia se tornado parte de sua casa, porque ele havia sentido falta de tudo aquilo.
Mas o quê mais encantava o homem era o desejo de fazer justiça aos sofridos e inocentes, e ele estava ali, pronto para reiniciar sua função. O DELEGADO.
Malcon havia solicitado à presença de seu subistituto para quê ele lhe passasse todas as informações obtidas durante sua recuperação.
Ele descobriu que Augusto Correia além de ter estimulado o desejo de vingança em Samantha e ter arquitetado todo plano de vingança com ela, ele também estivera sempre por perto, sem que a mesma soubesse. Augusto Correia concluia os servidos aplicando veneno nas vítimas e chegou até a alertar Samantha quando o perigo chegou a se aproximar.
Mas agora tudo estava resolvido, ambos estavam em hospitais de tratamentos psiquiátricos e custódia, até estarem aptos à seguirem para uma penitenciária.
Eles ainda seriam julgados, mas automaticamente já tinham seus destinos traçados , seriam condenados por todos os crimes realizados ou copactuados.
*****
- AMÉM!
A esposa de Malcon se pronunciou ao seu lado, eles estavam em uma missa de encomendação de almas para os amigos falecidos à um ano.
- Você está mesmo muito religiosa! - Falou Malcon de forma distraída com a esposa Letícia.
- Estou apenas pedindo a Deus para te livrar desde destino , seu chato. - Respondeu dando um tapa leve no ombro do esposo.
Antes que Malcon respondesse qualquer coisa, Felipe se aproximou com sua esposa e as duas crianças, já que o filho de Malcon também estava com eles.
- Qual o destino de sua família agora? - Felipe quis saber.
- Então amigo, quero convidar sua família para se juntar com a minha para irmos juntos aquele lago.
- O lago de Samantha? - Retrucou Felipe assustado.
- Ele mesmo cara. Temos que devolver um objeto que retiramos dela.
A FLAUTA!- Como faremos?
- Não se preocupe, fui eu quem joguei a bendita flauta e por mais que durem anos, eu vou encontra-la, por isso, já resolvi tudo, lá tem uma equipe nos esperando.
- Tudo bem amigo, talves essa seja a única forma de nos libertarmos dessa angústia de uma vez por todas.
Então eles partiram rumo ao encontro da flauta, aquela que protagonizou os momentos mais dolorosos da vida dos homens.
AQUELE SOM JAMAIS SERIA ESQUECIDO!
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No Ritmo da Melodia ( CONCLUÍDO)
Mistério / SuspenseSamantha Carmelo, era uma jovem de apenas 15 anos quando viu seu amado pai morrer em um trágico acidente de carro. Enquanto sua mãe dirigia, ele tocava uma linda melodia para ela, numa flauta que ela chamava de encantada. Porém, depois desse dia trá...