Capítulo Um

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( Revisado)

Candy.

Flashback on

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Flashback on...

Tenho exatamente dez anos,  e pela vigésima vez estou aqui dentro do armário ouvindo minha mãe discutir com o atual marido dela, acho que o número desse é 5 ou 6, nem sei mais. ela apanhou de todos mesmo, a não ser do número 3 que preferia bater em alguém mais frágil, no caso eu. Meu pai? Nunca vi. Porque minha mãe é a droga de uma romântica incurável.Após bater nela o marido 5/6 voltou a beber, beber e beber até cair desacordado vou até ela , que ainda está caída no canto.

- Porque você permite que ele te toque? - Tento levanta-lá, mas acho que dessa vez ele exagerou, pois ela não acorda - Mãe? - Eu grito e nada.

Corro para o telefone e ligo para a policia, depois que eles chegaram com a ambulância, levando ela para o hospital  eu acompanho até onde posso. E graças que a maioria já me conhece já que estivemos algumas vezes por aqui, e me deixam aguarda por noticias. O marido 5/6 foi preso.Mas é sempre assim.Quando ela acorda eu estou ao seu lado como sempre, ela olha pra mim e logo me pergunta por ele, eu não posso mais ficar no mesmo ambiente que ela. Saio do quarto e esbarro em uma senhora muito bem vestida e de sorriso doce.

- Me desculpe.-  Enxugo essas lágrimas idiotas, que insistem em cair -Eu a machuquei?- Pergunto a ela.

-Não minha doce menina- Ao ouvir aquele tratamento eu levanto a cabeça que estava baixa, posso ver meus olhos naquela face envelhecida - Você não deve lembrar de mim, quando a vi você tinha dias de nascida, e era apenas uma coisinha fofa.-  Me afasto como se lembrasse que ela é uma estranha.

- Preciso ir- Ela diz, sorri docemente, toca em minha mão, e o cheiro dela é tão familiar.

- Fique, doce menina vou falar com sua mãe e logo volto a falar com você.- Aquilo teve o poder de me acalmar.

- Mas...- Ela me surpreende ao me abraçando. E as merdas das lágrimas insistem.

Ela entra no quarto, e logo depois de onde estou só escuto minha mãe dizer :

- O que ganho caso eu a entregue a você?- A mulher respondeu que nada já que eu era sua neta.

Neta? Como assim? Depois disso não ouvi mais nada, escorreguei até o chão e chorei. Escuto a porta ser aberta e a senhora está com um olhar triste.

- Você pode escolher ficar com ela.- E aponta para o quarto - Ou vir comigo, não tenho mais tanto dinheiro mas tenho o suficiente para criar minha neta.- Ela ergue o queixo em uma pose de orgulho.

- Mas não...- Uma lágrima, e eu passo as costas da minha mão para seca-la - Não posso deixar ela sozinha.- Suspiro.

- Mas ela já abandonou você a muito tempo minha menina.- Ela fecha a cara como se lembrasse de algo. -Não vou mais ver você chorar.-  Ela me estende a mão -Vamos?

Candy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora