Você escutava a diretora falar algo sobre bom comportamento. Você olha para o relógio na parede e eram 2:37. Você havia entrado ali ás 2:02. Haviam exatamente trinta e cinco minutos em que você era obrigada a ouvir o discurso dela. Só queria estar em casa, desenhando sozinha no seu quarto, como sempre.
"Estamos entendidas senhorita S/s/n? " "Sim." Você só queria ir para casa. "Ótimo; você está liberada. Pode ir para casa." "Graças a Deus..." Você sussurra. "Não. Graças a minha paciência e ao meu bom humor." Ela sorri e continua a mexer no computador.
Coroa idiota. No mínimo deve ter achado um idiota desesperado; porque só uma pessoa muito desesperada e com muito ódio a própria vida iria querer comer essa velha. No mínimo ele tem que pagar para conseguir uma foda em Seul. Coragem de quem se der ao papel.Você sai da sala e vai em direção da saída. Não iria direto para casa hoje; se fosse para ouvir alguém te xingando, preferia ficar no colégio mesmo. Passou em um mercado e comprou uma garrafa de Soju. É óbvio que a senhora do caixa não quis te vender, mas foi só você mostrar umas notas a mais de wons que a senhora perguntou "Sacola de plástico ou de papel?" Você dá risada; as pessoas de hoje em dia são tão fúteis.
Você se senta em um ponto de ônibus e começa a apreciar sua bebida, enquanto olhava a vista. Você toma cada gota da garrafa em goles rápidos; sabia que isso a faria mal, mas a dor física era mais suportável que a dor em sua alma. Você ri do seu próprio pensamento. Você só era a porra de uma depressiva que vivia lamentando da vida, em vez de pelo menos tentar melhora-la. Como era covarde, sempre procurava alguém para culpa-la da sua própria miséria. Pessoas como você, que nasceram na desgraça; morreriam na lamentação de nunca ter provado a si mesmo uma justificativa para existir; ou talvez você só estivesse bêbada demais para pensar em algo concreto.
Você termina a sua garrafa e vai coloca-la no chão, mas acaba derrubando. Tenta recolher os cacos de vidro no chão, o que resulta em um corte na palma da sua mão.
-Shibal! -você xinga mentalmente, apertando o machucado.
-Você tem uma mente bem suja em... -você escuta uma voz desconhecida.
-O que!? Escuta aqui; Se você for um velho tarado que segue meninas por aí, eu tenho uma coisa para te contar: Eu sou um menino.
-Ah sim. E eu sou um ser da sua imaginação.
-Nossa, você tem un senso de humor... Mas eu não estou mentindo...
-Nem eu... -aparece a sua frente um garoto alto, magro e dos cabelos negros, que contrastavam com a pele extremamente pálida.
-Sei. -No mínimo deve estar tão bêbado quanto eu.
-Bem, na verdade não. Seria impossível eu ficar bêbado, pois como eu já te disse, sou apenas um ser da sua imaginação; a não ser que você queira que eu fique bêbado.
-Cara, você não está bêbado; você está é chapado...
-Quer uma prova? Ok. Como aquela senhora não está me vendo agora, e olhando para você como se fosse uma retardada? -ele aponta para trás, e lá estava uma senhora, te olhando confusa. -O que obviamente você deve ser, para estar falando sozinha no meio da rua... -você volta a olha-lo.
-Como... -ele te interrompe.
-Sua dor já está passando; eu tenho que ir...
-Mas... -ele novamente te interrompe.
-Adeus S/n. -ele some. Que garoto mais mal educado! Nem falou o próprio nome! "Jungkook." Você ouviu uma voz em sua mente. Estranho, muito estranho! Você devia pegar mais leve na bebida.
Olha o horário no celular e eram 18:00. Já estava escurescendo. Passou em uma padaria e comprou um lanche qualquer. Decidiu ir para sua casa, antes que sua mãe fizesse um escândalo na delegacia de polícia. Quando entrou dentro de casa se deparou com sua mãe, jogada no sofá aos beijos com um cara careca. Você bate a porta com força e iria seguir em direção do quarto, mas antes disto sua mãe desgruda do cara, sussurra palavras ao ouvido dele, ele se levanta e sai pela porta. Agora era só você e ela. Ele te encara, se levanta e te olha "olho a olho".
-Eu conversei com a diretora hoje.
-Nossa! Serio!? É um milagre você se dar ao mérito de escutar alguém que não tenha um pint*! -você ironiza.
-Olha, você me respeita sua insolente!
-Respeito!? Ah! Cala essa boca! Por que eu iria te respeitar se nem você respeita a si mesma! Você devia me agradecer, que pelo menos eu coloco comida nessa casa! Você não estava reclamando de fome!? Então toma aqui! -você joga o lanche na direção dela. A mesma não fala nada e começa a comer. Você revira os e vai para o seu quarto.
Separa uma roupa e toma um banho. Quando estava saindo do box, escorrega no piso úmido e bate com a cabeça no chão. Você sente sua cabeça latejar de dor e continua deitada.
-Acho melhor se levantar daí; está meio frio para ficar assim...
-Jungkook? -você pergunta.
-Ah! Parece que não estava tão bêbada assim! Até se lembra do meu nome!
-Me ajuda...
-Não. -você tenta olha-lo, mas só vê a silhueta borrada dele sentado em cima do vaso.
-Por que?
-Você consegui se levantar sozinha. Eu sou as suas forças.
-Ham? -você estava voltando a enxegar normalmente, mas não havia conseguido entender o que ele queria dizer com aquilo.
-Basicamente, eu sou um ser que você inventou para te ajudar. Um "amigo imaginário". Toda vez que você sentir dor física, eu vou aparecer para te "destrair" da sua dor. É como se eu fosse sua esperança que estava morta até me encontrar.
-Isso não faz sentindo. -você fala já se recuperando do tombo.
-Se não fizesse sentindo você não estaria prestes a levantar agora. Bem, a sua dor já está quase acabando, mais alguma pergunta?
-Isso é coisa de uma entidade superior, ou algo assim? Como você foi criado?
-Você me criou, S/n. Eu simplesmente pertenço a você. Somente a você... -Jungkook desaparece.
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Imagines Monsta X; Exo; Bts Ou Qualquer Outra Coisa
RandomCapa feita exclusivamente por @Sra_Maximoff *imagines pra quem é trouxa e não tem nada pra fazer*