Cap. 3

14 1 0
                                    

Acordo.

A visao esta borrada.

O ar pesado.

A cabeça latejando, e o corpo fraco, me sinto um anemico.

Olho em volta,  ainda estou no banheiro.

-droga.

Murmuro pondo as maos na cabeça.

Tudo gira.

Levanto devagar me apoiando na parede.

Sento na privada.

Parece que nao deu certo.

Mas é impossivel nao ter dado certo, tomei dezenas de comprimidos.

-droga.

Os efeitos colaterais parecem crescer comforme eu me mecho.

A cabeça leva marteladas, o coração dispara, a visao embassa, as tonturas aumentam e até o ouvido se emche de zunidos.

Acho que preciso ir ao hospital.

Fecho os olhos com força por algums segundos.

Abro-os.

Massageio as têmporas.

Me apoio na parede e levanto devagar.

Estendo a mao para tocar a maçaneta da porta.

Tontura.

Me detenho ali por algums segundos.

Depois de um tempo tento de novo.

Giro a chave, e abro a porta.

Ponho o pé pra fora.

O ar gelado da casa me envolve e minha cabeça pega fogo.

Caminho lentamente pra fora e fecho a porta do banheiro.

-vó ?

Tento chamar mas a voz falha.

Olho em volta.

Ninguem na cozinha.

Ninguem na sala de estar.

Da janela lateral da cozinha algums raios da luz do dia entram na casa e presumo ser ainda tarde.

A casa apesar disso esta muito escura, e muito fria.

Caminho até a cozinha devagar pra nao tropeçar em nada pois as minhas vistas continuam me pregando peças me fazendo ver em vez de uma mesa, duas e em vez de uma cozinha, tres.

Tateio a cozinha com a mao pra nao me deixar levar apenas pela minha visao confusa.

Noto uma caixa de fosforos e uma folha  de papel em cima da pia.

Pego assim como uma lata de álcool na prateleira do armario,e caminho lentamemte em direção a lareira na sala de estar.

Me agacho na frente dela e tiro um fósforo da caixa.

Jogo álcool na lenha que esta no interior da lareira.

Risco o fósforo e ponho sobre a folha de papel.

Jogo a folha no interior da lareira.

O fogo enche a lareira.

Fico ali esfregando os braços e sentindo o calor do fogo expulsar o frio impregnado em meu corpo.

Anjos RebeldesOnde histórias criam vida. Descubra agora