Acordo.
A visao esta borrada.
O ar pesado.
A cabeça latejando, e o corpo fraco, me sinto um anemico.
Olho em volta, ainda estou no banheiro.
-droga.
Murmuro pondo as maos na cabeça.
Tudo gira.
Levanto devagar me apoiando na parede.
Sento na privada.
Parece que nao deu certo.
Mas é impossivel nao ter dado certo, tomei dezenas de comprimidos.
-droga.
Os efeitos colaterais parecem crescer comforme eu me mecho.
A cabeça leva marteladas, o coração dispara, a visao embassa, as tonturas aumentam e até o ouvido se emche de zunidos.
Acho que preciso ir ao hospital.
Fecho os olhos com força por algums segundos.
Abro-os.
Massageio as têmporas.
Me apoio na parede e levanto devagar.
Estendo a mao para tocar a maçaneta da porta.
Tontura.
Me detenho ali por algums segundos.
Depois de um tempo tento de novo.
Giro a chave, e abro a porta.
Ponho o pé pra fora.
O ar gelado da casa me envolve e minha cabeça pega fogo.
Caminho lentamente pra fora e fecho a porta do banheiro.
-vó ?
Tento chamar mas a voz falha.
Olho em volta.
Ninguem na cozinha.
Ninguem na sala de estar.
Da janela lateral da cozinha algums raios da luz do dia entram na casa e presumo ser ainda tarde.
A casa apesar disso esta muito escura, e muito fria.
Caminho até a cozinha devagar pra nao tropeçar em nada pois as minhas vistas continuam me pregando peças me fazendo ver em vez de uma mesa, duas e em vez de uma cozinha, tres.
Tateio a cozinha com a mao pra nao me deixar levar apenas pela minha visao confusa.
Noto uma caixa de fosforos e uma folha de papel em cima da pia.
Pego assim como uma lata de álcool na prateleira do armario,e caminho lentamemte em direção a lareira na sala de estar.
Me agacho na frente dela e tiro um fósforo da caixa.
Jogo álcool na lenha que esta no interior da lareira.
Risco o fósforo e ponho sobre a folha de papel.
Jogo a folha no interior da lareira.
O fogo enche a lareira.
Fico ali esfregando os braços e sentindo o calor do fogo expulsar o frio impregnado em meu corpo.
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Anjos Rebeldes
FantasySinopse. Kay Whitford é um adolescente esquizofrênico de 17 pra 18 anos que está no último ano do ensino médio. Devido a sua condição mental que por si só já lhe causa muito sofrimento por lhe proporcionar uma percepção fragmentada da vida e t...