Cap. 55 sexta

14 0 0
                                    

Acordei com kyn agarrada a mim.

Sim ainda estávamos na cabana.

Seu corpo  gelado me causava arrepios intensos.

O fogo da lareira tinha apagado.

Os raios timidos da luz do dia entravam pelas frestas da cabana iluminando de maneira pobre o ambiente.

As madeiras estalavam  por causa do frio intenso.

Eu olhei em volta com cuidado para não acorda - lá.

Fito as paredes cobertas pelas fotografias.

Minhas fotografias.

Desde que era uma criança.

A linha cronologica.

Ainda não me acostumei com isso também.

Meus olhos fitam as últimas fotografias  da linha.

O acidente de meus pais.

Cena por cena.

Toda a sequência ali naquela parede.

O carro na estrada.

Vários ângulos.

A serra que eles subiam.

A estrada coberta de neve.

Algo branco a algums metros do carro.

Meus pais rindo.

A coisa branca se diluindo na estrada.

O carro passando por cima da coisa e derrapando.

O carro indo de encontro  ao paredão de pedra na lateral.

O carro esmagado contra o mesmo.

A coisa branca parecendo se erguer do chao.

Fiquei curioso.

O que era aquilo ?

Um fantasma ?

Uma névoa ?

Uma pessoa ?

Quando pensei  em levantar para olhar mais de perto...

- bom dia.

Ela disse.

Ah sim, ela não dorme.

- bom dia.

Disse eu.

Eu tentei me levantar mas ela se agarrou com mais força  a mim.

Eu a encarei.

- mais cinco minutos.

Ela disse.

Eu cedi.

Ficamos ali, ouvindo o canto dos pássaros.

Anjos RebeldesOnde histórias criam vida. Descubra agora