Abro os olhos.
Pisco varias vezes.
Esfrego-os com as maos.
Olho em volta.
Frio.
Ja devo ter passado da hora.
Kyn nao me chamou.
Levanto de um salto e dou uma olhada no relógio ao lado do abajur: 6:35.
Suspiro aliviado.
Sento na cama e me espreguiço.
Olho em volta novamente.
Tem algo errado aqui.
Corro os olhos pelo quarto.
Apesar de nao conhecer bem o quarto pois ele é meu só faz dois dias, presumo que sim, esta tudo no seu devido lugar.
Mas tem algo errado.
Sim tem, comigo e nao com o quarto.
Minha cabeça esta... zunindo.
Um som agudo e crescente la no fundo da mente.
Coloco um dedo cada ouvido e aperto chacoalhando a cabeça.
Nao sao os ouvidos.
É a cabeça mesmo.
O zunido encomoda mas passo a ignora-lo.
Levanto e caminho até o guarda roupa
Pego algumas roupas e me troco.
Ja coloco os acessorios de inverno.
Luvas, meioes extras, casacos e gorro.
Tudo em dobro dessa vez.
Pego minha mochila ao lado da cama.
Sento nela e suspiro.
Fito o vazio.
-kyn ?
Chamo.
Silencio.
-kyn ?
Chamo novamente.
Nada.
Levanto e saio do quarto.
Fecho a porta atras de mim.
Fito o longo corredor escuro por algums instantes sentindo aquele velho medo se erguer das profundezas do meu coração e se espalhar pelo meu corpo como um gas mortal.
Com o medo veem as lembranças da noite passada, e minhas descobertas com a pequena exploração pela casa.
Ao lembrar do "quarto dos quadros" e do "quarto do silencio," nomes irônicos que dei ao primeiro e segundo quarto que explorei, o medo se transforma em pavor.
E finalmente quando lembro do
" quarto da morte ", o terceiro, fico paranóico.A imagem do boneco com olhos e dentes humanos, o rosto desfigurado coberto de sangue me veem a memoria e disparo pelo corredor sem olhar para trás.
Desço a escada no mesmo embalo e quando chego ao pé da mesma, volto os olhos para o topo da escada pra me certificar de que nimguem ou nada me acompanhou até ali.
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Anjos Rebeldes
FantasySinopse. Kay Whitford é um adolescente esquizofrênico de 17 pra 18 anos que está no último ano do ensino médio. Devido a sua condição mental que por si só já lhe causa muito sofrimento por lhe proporcionar uma percepção fragmentada da vida e t...