Cap. 4 quinta.

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Abro os olhos.

Pisco varias vezes.

Esfrego-os com as maos.

Olho em volta.

Frio.

Ja devo ter passado da hora.

Kyn nao me chamou.

Levanto de um salto e dou uma olhada no relógio ao lado do abajur: 6:35.

Suspiro aliviado.

Sento na cama e me espreguiço.

Olho em volta novamente.

Tem algo errado aqui.

Corro os olhos pelo quarto.

Apesar de nao conhecer bem o quarto pois ele é meu só faz dois dias, presumo que sim, esta tudo no seu devido lugar.

Mas tem algo errado.

Sim tem, comigo e nao com o quarto.

Minha cabeça esta... zunindo.

Um som agudo e crescente la no fundo da mente.

Coloco um dedo  cada ouvido e aperto chacoalhando a cabeça.

Nao sao os ouvidos.

É a cabeça mesmo.

O zunido encomoda mas passo a ignora-lo.

Levanto e caminho até o guarda roupa

Pego algumas roupas e me troco.

Ja coloco os  acessorios de inverno.

Luvas, meioes extras, casacos e gorro.

Tudo em dobro dessa vez.

Pego minha mochila ao lado da cama.

Sento nela e suspiro.

Fito o vazio.

-kyn ?

Chamo.

Silencio.

-kyn ?

Chamo novamente.

Nada.

Levanto e saio do quarto.

Fecho a porta atras de mim.

Fito o longo corredor escuro  por algums instantes sentindo aquele velho medo se erguer das profundezas do meu coração e se espalhar pelo meu corpo como um gas mortal.

Com o medo veem as lembranças da noite passada, e minhas descobertas com a pequena exploração pela casa.

Ao lembrar do "quarto dos quadros"  e do "quarto do silencio,"  nomes irônicos que dei ao primeiro e segundo quarto que explorei, o medo se transforma em  pavor.

E finalmente quando lembro do
" quarto da morte ", o terceiro, fico paranóico.

A imagem do boneco com olhos e dentes humanos, o rosto desfigurado coberto de sangue me veem a memoria e disparo pelo corredor sem olhar para trás.

Desço a escada no mesmo embalo e quando chego ao pé da mesma, volto os olhos para  o topo da escada pra me certificar de que nimguem ou nada me acompanhou até ali.

Anjos RebeldesOnde histórias criam vida. Descubra agora