Cap. 65

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Minha avó  me chama para o almoço  ao meio dia.

Eu me levanto e desço  ao banheiro pra fazer a higiene pessoal.

Fito aquela figura gótica dark  no espelho.

Caramba.

Eu corro os olhos pelo reflexo.

Nossa.

Anjo Rebelde.

Essa é  a expressão que me define esteticamente.

Tão diferente.

A inocência deu lugar a maldade.

Não que  eu seja de todo, mal, mas não vejo mais o brilho daquela criança  carente.

Eu afasto os pensamentos e saio do banheiro.

Minha avó  está pondo  a mesa.

Kyn me espera  do lado de fora do bamheiro.

Caminhamos até  a cozinha.

Esta frio aqui.

Neva um pouco e o clima está carregado.

- bom dia.

Diz minha avó.

- bom dia.

Digo.

Eu ajudo a minha avó  a por a mesa e depois nos sentamos.

Passamos a nos servir e comemos em silencio enquanto kyn fita o vazio com os braços  cruzados.

Comendo é  que me vem à mente a lembrança  de perguntar a minha avó  onde ela vai todas as manhãs.

Eu me perguntava se eu deveria trazer esse assunto, se não era muito pessoal e ela pudesse não se sentir a vontade em falar sobre isso com kyn ali.

Não devia ser nada de mais, ela deve trabalhar em alguma instituição  ou algo do tipo, porque tenho que levar as coisas sempre pro lado escuro da vida.

Talvez não devesse perguntar  ali, agora.

Silencio.

Silencio.

Silencio.

Silencio.

Silencio.

Silencio.

- vó  ?

Digo.

- sim.

Ela diz.

Silencio.

Silencio.

Silencio.

-  a senhor trabalha ?

Pergunto.

Silencio.

Silencio.

Silencio.

Silencio.

- nao.

Anjos RebeldesOnde histórias criam vida. Descubra agora