Cap. 17

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Acordo.

Os olhos ainda embaralhados por causa do vinho.

O quarto está  mais escuro, mas a luz da lua entra pela  janela.

Kyn esta encolhida em cima de mim como um gato.

Ela é  fria, muito gélida.

Eu a encaro ainda incrédulo.

Por que essa não seria uma de minhas alucinações ?

Impossível.

Eu a toco.

Eu a vejo.

Eu sinto até  seu perfume.

É  diferente agora.

Meu Deus.

Eu a encaro com os olhos arregalados.

Encaro ela encolhida  em cima de mim.

Corro os olhos pelo seu corpo magro mas atraente.

Ela é  linda.

Linda de mais.

O rosto , o cabelo, as pernas e mesmo as maos.

Espera.

No braço  dela há... a cicatriz.

A minha cicatriz.

A asa, ela também  tem, mas a dela é  a asa esquerda no braço  esquerdo.

Eu encaro aquilo.

Pucho  o meu braço  debaixo  dela e fito a cicatriz no meu.

É, são idênticas, apenas lados diferentes.

Silencio.

Silencio.

Estranho.

Ela não se mexe.

Não respira.

Eu a fito ainda mais curioso.

Ela não respira ?

Silencio.

" e se ela morreu ? "

Pensava eu.

Eu me sento  na cama a encarando preocupado  com ela ainda em cima de mim.

Silencio.

Tenho que acorda - lá,  se é  que ela esta viva.

Estendo  a mão para cutuca lá e  ela abre os olhos.

Eu levo um susto pois seus olhos parecem dois refletores na escuridão.

- boa noite.

Ela diz sorrindo.

Eu a encaro esboçando  um sorriso.

- boa noite.

Digo.

Ela me fita sem piscar.

Anjos RebeldesOnde histórias criam vida. Descubra agora