Capítulo 3

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— Claro. Geralmente com caras que nem sabem pronunciar seu nome. — Ele puxou o lençol debaixo dele, enrolando-o ao redor da cintura.
— Se ele fosse o único, eu estaria preocupada... — provocou Hyemi.

Youngjae resmungou alguma coisa, mal-humorado, batendo a porta do banheiro.

— Estou mesmo é preocupada com você! Já está quase nos trinta, Youngjae. Se não achar ninguém logo, vai ficar para titio.

Ele não respondeu. O único som era o do chuveiro.

*****

Como de costume, reservaram sua mesa favorita no Migabon, onde era
servido o melhor Kimchi da cidade; um misto de café da manhã e almoço. 

Hyemi tomou um gole da bebida levemente adocicada, reprimindo um espirro ao sentir as bolhas.

— Oppa... — recomeçou, maliciosa. — Nunca pensou em se casar?

Ele resmungou, irritado:
— Não recomece, Hyemi! Já não basta minha mãe me azucrinar com essa
história?
— Ah, é?... Então eu não sou a única a pensar nisso.
— Parece piada. Ninguém fala nada a respeito para você. Afinal, com vinte e cinco também já quase lá...
— Estou na flor da idade — contradisse ela. — Não vivemos mais na Idade Média, gracinha. Se eu não quiser, nem preciso me casar. Além do mais, uma vez eu já disse à minha mãe que se ela começasse com essa história de genro e netinhos, eu nunca mais lhe dirigiria a palavra. E ela nunca mais tocou no assunto.
— Obrigado pela dica.
— Não daria certo com você. Sua mãe sabe como é hesitante nestas horas. Sem dizer que ela está certa.
— Por que está tão ansiosa para que eu me case?
— Não é isso. — Ela deu de ombros. — Por mim, nem precisava pisar num
altar. Só penso que estaria melhor com uma companhia feminina.

Youngjae reprimiu um sorriso de lado e tornou a encher as taças.

— Quer companhia melhor do que a sua, em minha cama, num domingo de manhã?
— A de outra, no sábado à noite! — replicou Hyemi, de prontidão. — Sua mãe é uma mulher bastante perspicaz. Deve ter em mente a pessoa certa para você.

Ele a fitou por um segundo, em silêncio.

— Que tal a gente conversar a respeito daquela sua idéia brilhante em relação a Meghan e o perfume?
— Pensei que não quisesse falar sobre negócios, hoje.
— Vou abrir uma exceção para você, está bem?
— Quanta gentileza! — Ela riu. Mas não perdeu a oportunidade. Passou a expor seu plano em detalhes, explicando as possibilidades da campanha e seu valor promocional — Vai nos custar alguma coisa, é óbvio. O nome de Meghan está em alta. Mas, como eu já disse, creio que ela gostaria de se ver associada à Bonjil.

Youngjae a ouvia de cenho franzido e Hyemi fez uma pausa para observá-lo. Havia aprendido a acatar e respeitar suas opiniões. Se Youngjae não acreditava que uma ideia pudesse decolar, muitas chances poderiam haver de que estivesse certo.

Dessa vez, entretanto, ele se limitou a traçar desenhos invisíveis no linho da
toalha antes de encará-la.

— Não sei por que não daria certo — opinou, por fim. — Se ela não estiver
comprometida num projeto concorrente, lógico. Mas não se precipite, Hyemi. Primeiro precisamos pesquisar um pouco. Não podemos investir milhões em Meghan e depois descobrir que ela não era o trunfo de que precisávamos.
— Certo. Sendo assim... — principiou Hyemi, reticente. — ...Talvez você
devesse começar essa "pesquisa". Podia telefonar para ela, que tal?

Youngjae ergueu uma sobrancelha.

— Então confia que eu seja bom em alguma coisa?... — provocou.
— Tem ótimos instintos, querido.
— Nem sei o sobrenome dela!
— Ninguém sabe, Youngjae. Faz parte da "aura de mistério" de Meghan. Mas você descobre. Ponho a maior fé.
— Ela pode nem querer falar comigo.

Será que é AMOR? || Yoo Youngjae B.A.P || Onde histórias criam vida. Descubra agora