A música estava boa, o clima favorável e a Bia estava curtindo a noite com a gente, estávamos conversando e de repente sem mais, nem menos ela resolveu quebrar o silêncio e começou a nos contar sobre a sua última viagem de trabalho.
- Estive fotografando em Fernando de Noronha que lugar incrível e paradisíaco. Alguém conhece Noronha?
Sonoramente respondemos que não.
- Vocês precisam conhecer, mais tarde vou tratar algumas fotos e terei o prazer de apresentar aquele lugar lindo à vocês, vocês poderão ver tudo que vi através das minhas lentes. Acho que vocês irão adorar.
Eu disse que adorava fotografia e achava fascinante. A fotografia é o registro do mundo visto pelo olhar de um outro alguém, ela visivelmente se encantou com a minha fala e disse:
- Meu portfólio ficará a disposição de vocês, quem quiser, poderá conhecer um pouco do meu trabalho, embora as fotos que estão espalhadas pela casa são todas minhas.
- Adoraria conhecer um pouco mais sobre seu trabalho.
- Posso te ensinar algumas coisas sobre fotografia, se você quiser Majú.
- Adoraria Bia.
Todos me olharam, a Mary que estava de frente para mim balançava a cabeça negativamente. De alguma forma a Bia parecia ter relaxado um pouco. A Raquel e o Marco juntaram –se a nós, ela sentou-se ao lado da Bia, eles trouxeram um cooler cheio de cerveja e dois copos gigantescos de caipirinha.
- As caipirinhas foram feitas pelo Marco, estão uma delicia, provem! Comentou a Bia.
Todos o aplaudiram, ele ficou todo cheio de razão. Como a Bia adorava caipirinha deixamos um copo só para ela e o outro era passado de mão em mão. Logo as caipirinhas acabaram e o Marco entrou novamente para fazer mais uma rodada, eu fui ajuda-lo e entramos juntos na casa.
- Marco você gostando?
- A Raquel é muito legal, nem parece que gosta de mulher.
- Ai Amor! Que grosseria falar desse jeito.
- E qual é a forma correta ou a maneira mais respeitosa de se referir a sua chefe?
- Penso que não cabe este tipo de fala e pensamento.
- Como assim, não cabe? Qualquer homem comeria a Raquel, fora a mulher dela que era outra gata.
Cara leitora como os homens são grosseiros né! Realmente eles objetificam nós mulheres naturalmente. Eu ria e só ouvia os comentários dele. Como explicar o inexplicável? Resumindo ele estava gostando do passeio.
- Você sabe onde tem uma jarra? É mais fácil eu fazer um balde de caipirinha.
Achei fofo a preocupação dele.
- Amor eu nem te agradeci pela sunga, obrigada, eu adorei a cor e o modelo, mais moderna que a minha antiga, obrigada.
Aí gente, meu marido é um fofo né, mas eu queria a Raquel para mim e isso estava cada vez mais forte, dentro e fora de mim. Saímos da cozinha com a jarra de caipirinha nas mãos e todos haviam entrado, estavam na piscina. Já passavam das 13hora quase hora do almoço e a turma parecia estar com fome, a Dona Regina havia preparado a mesa ao lado da piscina e era só a gente sentar para almoçar.
Era interessante o comportamento da Bia, ela não fazia nada, nada para agradar a Raquel e nem se aproximar da gente. Ela não demostrava nenhum comportamento de cuidado com ela, era uma coisa tão estranha. Nem uma latinha de cerveja ela pegava, isso estava nítido para mim. Parecia que ela já estava fazendo demais por estar ali.
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Doze Horas
RomansaDoze Horas é um romance leve e divertido que narra a descoberta de sentimentos e desejos inusitados no ambiente de trabalho. A trama acontece em um dos mais renomados escritórios de advocacia do país. Tudo começa quando o celular da Dra. Maria...