Capitulo 8

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Eu me deliciava, queria morde-la, tirar pequenos pedaços e guarda-los só para mim. Suguei seus mamilos com todo o meu desejo, aquilo era mágico. Nos perdíamos e nos encontrávamos em nós mesmas. Ela me pertencia naquele momento e eu a amava com toda a minha força. A cada momento vivido eu pegava gosto por tudo aquilo, meus movimentos e atitude eram instintivos, senti-la em meus dedos era o paraíso na terra.

Eu só queria ama-la de todas as maneiras possíveis e tudo sempre parecia ser interminável, ela não se cansava e nada mais parecia existir além de nós duas. Estávamos felizes era visível, transbordava pela alma a nossa felicidade e amor.

Permanecemos ali em nosso mundo particular por mais algumas horas. Para variar tomamos um susto quando olhamos as horas, estava tarde e tínhamos novamente perdido a noção do tempo. Como estava muito tarde a Raquel não nos permitiu nem que tomássemos banho. Trocamo-nos rapidamente e saímos, deixando o melhor de nós ali.

- Me perdoa por ter que ser sempre assim?

- Não tenho muitas escolhas, tenho?

- Não, as nossas vidas nos esperam lá fora.

- Se você quiser ir pode ir, peço um táxi, não quero te atrasar, você não precisa me levar em casa.

- Para de ser boba, eu faço questão de te deixar em casa, segura.

- Eu não quero causar problemas Raquel, já que insiste, eu adoraria.

Como ela só faz o quer, me deixou na frente do meu prédio e foi embora. A cada encontro vivido era uma tortura voltar para casa, eu ficava em pedaços e precisava urgentemente encontrar uma maneira melhor de lidar com isso. O cheiro dela estava grudado em mim, mesmo depois de horas, ele não saia, e eu queria sentir tudo aquilo por muito mais tempo, embora o que mais me irritava era o próprio tempo, na verdade a falta dele.

Como o tempo era injusto com a gente, a sensação que me tomava era angustiante, ele não era nada gentil e nem justo com a gente. Preciso de horas ilimitadas.....

Depois de um banho rápido tudo ainda estava vivo demais em mim. Fui para o quarto coloquei meu pijama, deitei-me na cama e liguei a televisão com a intenção de distrair-me, porém fechava meus olhos e ela me vinha, linda naquela banheira eu sentia cada beijo em minha alma. Pedi aos deuses que me fizessem adormecer logo, estava difícil ser eu sem ela. Adormeci com o cheiro dela que me marcava feito tatuagem, além da pele, adormeci.

A claridade do quarto denunciava o nascer de mais um dia, acordei mais calma, porém tomada por minha insatisfação habitual, precisava expurgar estes sentimentos de dentro de mim ou faria uma loucura, eles não podiam me dominar. Assim que cheguei ao escritório mandei uma mensagem para a Branca perguntando se poderíamos nos encontrar no fim do dia? Ela respondeu que sim, estava marcado então, não poderia mais esperar, correndo o risco de me sufocar com tanto sentir e pensar.

Não demorou muito a Raquel passou pela minha mesa entregando-me em mãos um envelope colorido, fez o mesmo com a Jaque e com o Ricardo. Li o cartão que dizia o seguinte:

- Você acaba de ser convocada para um happy hours em nosso Bistrô, esteja pontualmente no local indicado ás dezoito horas, tenho um convite especial para você. Fui a até a máquina de café para dar uma boa olhada para aquela cara de pau e ela estava aos risos atrás do computador.

Não parecia, mas a Raquel era muito moleca, peralta demais para uma séria e renomada advogada. Ela ria sozinha, voltei para a minha mesa e liguei para a Branca, convidando-a para encontrar-me no bistrô. Acho que não teria problema algum em ela se juntar a nós.

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