Capítulo Quatro

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Já devidamente pronta para o curso de línguas no Colégio, desço encontrando todos há mesa para o café da manhã em família.

- Bom dia!

- Querida, seu irmão me disse que chegou tarde da casa de Clara.

Engulo seco quase derramando meu suco sobre os ovos e o bacon no prato. Sorrio sem graça, depois encaro o imbecil do meu irmão.

- Os pais dela não estavam em casa, vim correndo pra casa!

- Devia ter esperado e me liga-se, buscaria você.

- Fui pegar um trabalho e acabei perdendo a noção do tempo, desculpe mãe.

- Querido?

Ela e papai começam uma conversa, respiro aliviada e termino meu café antes de ir pra escola.

(....)

No intervalo contei para meus amigos a pequena loucura que fiz, Clara e Justin piraram como imaginado.

- Se tua mãe descobre!

- Não joga praga Justin! - Clara lhe repreende.

- Mas conta, foi legal?

- Visitamos o túmulo da mãe dele!

- Que cara mais cafona e mórbido. - Clara diz com desgosto do programa escolhido para termos uma conversa sossegada.

- Vão se encontrar de novo?

- Há cidade e pequena, nunca se sabe!

- Você gosta dele.

Minha melhor amiga quase grita isso para todos ouvirem, tapo sua boca e peço segredo para os dois.

- Não estou gostando dele, só o acho interessante. É diferente!

- Você mentiu pra sua mãe pra se encontrar com um garoto, mais não um garoto qualquer.

- Aluanna Clarkson, quem é você?

Eles me zoam e o sinal toca.

Damos o assunto por encerrado, mais durante a aula meus pensamentos são tomados por Steven.

(....)

Mais tarde, Residência dos Clarkson

Lia meu livro no sofá na sala de estar, quando a campainha tocou. Arthur estava trancando no quarto jogando vídeo-game e nossos pais no trabalhos  apesar de ser sábado.

Ao atender sou surpreendida com uma flor segurada por Steven.

- O quê faz aqui?

- Oi!

- Ficou maluco?

Puxo ele para dentro quase fazendo ele cair, fecho a porta e o encaro confusa.

- Bela recepção!

- O quê faz aqui? Se minha mãe te pega aqui, estou ferrada demais.

- Sei que ela está trabalhando na confeitaria, dei uma passada lá pra ter certeza antes de vir.

- E o meu pai?

- Confirmei se estava no trabalhando falando com sua assistente por telefone.

-Você é maluco!

- Devia ter ligado, mas não tinha seu número então aqui estou. - diz sem jeito coçando a nuca.

- Já que está aqui, quer beber alguma coisa?

- Um refresco cairá bem.

- Há cozinha e por aqui!

O sirvo depois vamos pro quintal, sentamos nas cadeiras ali fora e não consigo acreditar que ele esta na minha casa.

- Tem uma bela casa!

- Valeu.

- Já fez alguma festa nesse quintal enorme?

- Apenas festa de família.

- Por quê não faz uma?

- Não sei se seria aceitável! - minha mãe não deixaria uma festa cheia de adolescente gritando e dançando aquelas músicas loucas.

- Por sua mãe?

- Exato.

- Já pediu antes?

- Não!

- Então nunca saberá se não tentar.

Steven sorri de lado e finaliza sua bebida, resolvo mostrar o resto da casa quando topamos com Arthur no corredor da cozinha.

- Quem é?

- Steven, esse e meu irmão Arthur!

- Fala cara, prazer em conhecer.

- Amigo da minha irmã?

- Sim!

- Mamãe vai pirar se souber que trouxe um garoto pra casa.

- Nem se atreva!

- Troll! - ele usa minha ofensa contra mim.

- Meliante cara de porco.

- Os dois podem parar? - pede Steven.

- Não vai abrir sua boca, Arhtur!

- Por quê? Steven qual sua intenção com essa chata do lado?

Sinto meu rosto esquentar e Steven sorri antes de responder.

- As melhores, garanto!

- Tem certeza cara que não quer sair enquanto ainda tem chance? Minha mãe será seu maior problema.

Esse meu irmão racha minha cara de vergonha!

- Absoluta, vale a pena o risco.

Com a respostade Steven sinto um estalar e isso me faz sorri.

Segunda Chance - SÉRIE GIRL'S 11 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora