Capítulo Um

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O dia escolar tinha terminado, por hoje, me despedi de meus amigos na saida e segui pela calçada caminhando normalmente em direção há livraria perto do centro.

Uma de minhas paixões e a literatura, seja ela nacional ou estrangeira. Me imaginar em lugares distantes em um mudo paralelo ou em uma dimensão perigosa é a minha paixão.

Apesar de ser um ano mais nova, sou mulher e com isso vem o dever da minha mãe achar que tenho que ser perfeita diante de tudo e todos.

Um saco!

Meu irmão sabe bem como e a nossa mãe, em casa ela briga pouco e sorri mais. Mas como nossa família e de classe alta e conhecida por todos da cidade, aqui fora temos que ser um primor de pessoas.

Assim que chego na livraria vou direto pra sessão de suspense, essa semana vou dar uma pausa nos romances clássicos.

Estou indo pro caixa para alugar o livro quando esbarro sem querer em alguém.

- Mil desculpas! - digo pegando o livro que fiz ele deixar cair.

- Tudo bem.

- Ugly love? - pergunto depois de ler o nome na capa enquanto entregava para ele.

- Já leu?

- Mil vezes!

- Então não preciso perguntar se é recomendável.

Sorrimos e segundos me fazem reparar que estou falando com um garoto de verdade, não era o Justin ou meu irmão. Mas um garoto de verdade.

Sinto meu rosto esquentar e tento disfarçar.

- O que vai ler?

- Hã? Ah sim, um suspense de King.

- Suspense, interessante.

- Sim, melhor eu ir. Tchau.

Passo por ele sem jeito e vou ao caixa, depois de alugar praticamente saio da loja as pressas. Era a primeira vez que falava com um garoto sem gaguejar, Clara e Justin vão pirar.

(.......)

Meus pais não tinham chegado em casa, fui tomar uma ducha rápida e gelada, fiz minhas higienes, me hidratei e me troquei.

Jogada na cama mexendo no celular enquanto o rádio estava ligado no volune razoável, ligo para meus amigos fazendo uma chamada coletiva pelo Skype.

Conto o que houve na livraria, Clara pira e Justin apenas sabe rir de mim.

- Justin ela falou com um garoto!

- Eu sei, queria ter visto ela gaguejar.

- Não gaguejei, idiota!

- Está me dizendo que falou mais que "Oi" e "Tchau" com um garoto desconhecido?

Era notável sua surpresa, não me lembro quando foi a última vez que falei com um garoto que não fosse meu irmão ou meu melhor amigo.

- Exato!

- Grande passo para a humanidade! - ele brinca mais depois diz que esta feliz por mim ter finalmente evoluido em falar com outras pessoas, já que sou bem reservada.

Escuto o carro de meus pais estacionando e o barulho do portão da garagem, despeço-me deles apressada e vou desligar o rádio de inediato.

Abro minha mochila e arrumo tudo em cima da minha cama, amarro o cabelo num coque alto, pego meus óculos de leitura e em seguida sento com um caderno, livro e caneta nas mãos.

Minutos depois a voz de meus pais soam no andar de baixo, respiro fundo e mamãe bate antes de entrar.

- Atrapalho querida?

- Não mãe, entra.

- Estou indo fazer o almoço, queria saber se está de pé nossa ida ao shopping hoje às cinco!

- Claro, queria saber se Clara pode ir conosco.

- Avisarei aos pais dela que passaremos para busca-lá.

Com um sorriso lindo ela sai fechando a porta, solto o ar que nem notei ter segurado.

*Celular tocando

- Fala!

- Brincando de teatrinho, de novo?

- Não começa Clara, sabe que se não me ver estudando ou fingindo estar estudando, ela vai ficar me enchendo com os sermões.

- Não sou contra, que filho não faz o impossível para agradar os pais?!

- A gente vai te buscar pra ir as compras!

- Ok, vejo você mais tarde então.

- Tchau!

- Até.

(.....)

Mamãe ficou na loja de sapatos, enquanto segui com Clara para uma loja de roupas.

- Agora me fala, o garoto era bonito?

- Hã?

- Nem vem de fazer de desentedida, safada! - ela me cutuca fazendo com que ria.

- Sim, mais foi rápido. Não deu pra reparar muito!

- Acha que vai ver ele de novo?

- Sei lá.

- Perguntou o nome dele?

Faço aquela cara de burra arrancando frustração de Clara, mais logo rimos disso e voltamos as compras.

- Vou provar este, achou alguma coisa?

- Vou continuar procurando, vai lá, já te alcanso.

Clara logo some na direção dos provadores, continuo procurando algo legal para levar mais sendo franca não vim com nem um pingo de vontadede gastar minha mesada.

Vejo uma poltrona e resolvo ir até ela me sentar, descansar as pernas e a cabeça um pouco. Antes de alcançar a mesma trombo com alguém.

Quando vou me desculpar, lá estava ele numa jaqueta preta me encarando sorridente.

- Você! - dizemos juntos.

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Uau! Um dia duas trombadas, destino ou pura coincidência?

Venha descobrir!

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Segunda Chance - SÉRIE GIRL'S 11 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora