Estava em casa, o almoço já tinha sido feito mais não conseguia esconder como estava infeliz e magoada. Arthur entrou no quarto com um copo cheio de suco, conversamos e sabia que ele estava querendo me animar.
- Não gosto de te ver assim mana!
- Vou ficar bem, agora tenho que focar no meu bebê.
- Devia mandar uma carta pra ele, Steven tem direito de saber que foi um babaca mais que será pai em breve.
Não respondi, apenas o abracei e chorei em seu colo.
(....)
Já estava escuro, todos estavam lá em baixo conversando e bebendo. Troquei de roupa, desci e fui pra garagem. Preciso sair daqui um pouco, quando entrei na garagem vi a cena mais forte da minha vida.
- Oh, isso...
- Mãe?
Ela estava sobre o capô do carro com nosso vizinho e amigo da família, eles estavam transando enquanto todos estavam lá dentro.
Mamãe se assustou e o empurrou para longe, minha raiva me fez avançar pra cima dela com tapas. Estava tão confusa mais cheia de raiva, ainda era inacreditável.
- COMO VOCÊ PODE?
- Luh me deixe explicar querida.
Subi na minha bicicleta e pedalei o mais rápido e forte que consegui, minha mãe gritava meu nome e não consegui olhar pra trás.
O vento estava frio, havia pouco tráfego e mal conseguia saber no que pensar ou pra onde ir primeiro.
O celular do bolso da calça, vibrava e sabia que era minha família. Como voltar pra casa sabendo claramente o que eu vi? A mulher que sempre se mostrou perfeita e certa diante de todos, era uma farsa.
Parei na avenida, olhei em volta e chorei sentindo a ficha cair. Desci da bicicleta, sentei na calçada abraçando-me ainda chorando senti o celular vibrar e resolvi atender por fim.
- Aluanna cadê você?
- Na avenida Arthur, não sei o que...
- Estou chegando, fique onde está vamos conversar tudo bem?
- Ok.
Desliguei, passado alguns minutos vi o carro do meu irmão virando a esquina, me levantei já sem choro quando de repente um caminhão bate contra o carro dele o prensando contra o poste.
Entrei em choque.
Meu primeiro ato foi correr na direção do acidente, mais antes de ter a chance de alcançar o veículo, o mesmo explodiu.
Fui pro chão e quando vi o fogo e escutei os gritos vindo do carro dele, trntei correr na direção. As pessoas que surgiram de algum lugar me impediram, sirenes e gritos.
- ARTHUR!
(...)
Três dias depois
Estava sentada observando as pessoas indo e vindo, o cheiro de comida, de chuva e mentira. Ela andava de um lado para o outro chorando, atuando na minha visão.
Não conversamos depois que Arthur morreu queimado dentro do carro indo me buscar, fiquei na casa de Pauline durante esse tempo com meu sobrinho.
- Luh!
- Não.
Levantei da cadeira e fui para o escritório, mamãe me seguiu e fechou a porta.
- Pelo menos mostre...
- O quê? Respeito por você?
- Filha, meu amor!
- Não tem direito algum de me chamar assim sua mentirosa!
- Exijo respeito Aluanna.
- Perdeu o respeito quando abriu as pernas pra outro cara que não fosse neu pai.
Ela deu um tapa na minha cara, encarei bem seu rosto.
- Tudo isso foi sua culpa.
Sai dali as pressas, subi pro meu quarto e comecei a arrumar minhas coisas. Meu pai veio me procurar e perguntar o que acontecia.
- Pergunte para Mary!
Ele abaixou o olhar e terminei, parei diante dele com as lágrimas escorrendo.
- Eu te amo pai!
- Eu te amo mais querida.
Sai deixando todos ali, peguei o táxi dando o endereço do Henri. Não era o lugar certo para ir naquelas situações, mas precisava de um recomeço.
Quando ele abriu a porta e me encarou com as malas ao meu lado, me acolheu. Depois de alguns dias contei tudo que havia acontecido e felizmente ele estava com as portas e os braços abertos para mim.
Meu recomeço na vida.
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Segunda Chance - SÉRIE GIRL'S 11 (CONCLUÍDO)
Literatura FemininaDécimo Primeiro livro da série GIRL'S para te fazer chorar. Com o casal Aluanna e Steven. Não plagie e crime.