Segunda Chance - SÉRIE GIRL'S 11 (CONCLUÍDO)

Capítulo Oito

O colégio estava sendo um saco, nem chegamos no meio do ano e todos já estão falando do baile de formatura. Clara principalmente, pois e a garota faz tudo nessa escola. Sempre participando dos eventos escolares, criatividade e com ela mesmo.

- Luh!

- Se for pra falar do baile, nem comece.

- Relaxa, vim pedir desculpa!

- Como é? - paro para lhe encarar confusa.

- Falei com Ed, o garoto e um babaca mesmo. Não passa de um conquistador de quinta, não acredito que ele era minha maior paixão platônica.

- Acontece amiga!

- Você está distraída hoje, como estão as coisas com Wood?

- Faz quatro dias que não nos falamos, minha mãe anda muito no meu pé.

- Acha que ela desconfia de suas saídas anteriores com ele?

- Não sei, mais por hora e esperar Clara.

(....)

Estou jogada sobre a toalha no gramado do quintal, observando o céu limpo e pensando em como esses dias estão sendo tão tediosos.

- Está apaixonada!

- Quando chegou?

- Nem sai de casa sua tonta. - Arthur diz se deitando comigo.

- O quê quer?

- Conversar maninha, relaxa, sem ofensas por hora.

- Estou bem, obrigada!

- Não está nada bem, esses dias você anda distraída e seu humor não e como antes. Está claro que você e o Wood não se falaram esses dias.

- Ele deve estar trabalhando na oficina!

- Por quê não vai atrás dele?

- Mal o conheço Arthur, talvez tivesse ouvido a mamãe e ficado longe dele. Menti pra ela na cara dura, só para me encontrar com um garoto que eu...

- Está se apaixonando? - ele sorri.

- Não começa idiota!

- Mana, sei que não temos conversado como antes. Mais sabe que te amo demais, desejo que seja feliz independente com quem seja. Gostei do Steven, mas é você quem deve se perguntar... - ele me deixa um beijo antes de levantar - Vale a pena abrir mão de ser feliz pelo que nossa mãe acha?

Arthur sai dali me deixando pensar na pergunta, desde que me lembro nunca quebrei as regras de conduta de nossa mãe, não como comecei a fazer quando conheci Steven.

Talvez não seja algo ruim!

(.....)

Ligo para Clara e Justin me ajudarem a contornar minha mãe, eles topam e depois de bolarmos um plano colocamos em prática.

- Onde vai?

- Antes de ir, vim te avisar que vou dormir na casa da Clara. Temos trabalho em grupo com Justin, tem problema?

- Você não me pediu e vai saindo assim Luh?

- Quando se trata daa minhas notas mamãe, preciso pedir? - faço drama.

- A mãe de Clara vai levar vocês pra escola?

- Sim senhora.

- Então tenha juízo, adoro o Justin mais ele é um garoto que gosta de garotas!

- Eu sei, obrigada por entender mamãe.

- Te amo querida.

Ela me abraça, saio encontrando Justin no volante e Clara no banco da frente. Seguimos pegando uma distância boa lá de casa, organizamos nossos celulares e respiro fundo aguardando chegar na oficina 4DVS.

- Acha que ele estará lá?

- Não sei onde ele mora, não sei onde procurar além daquela lanchonete que o vi uma única vez.

- Luh, chegamos! - anuncia Justin parando o carro.

Estava nervosa, confesso.

- Me desejem sorte!

- Vá ser feliz Luh!

- Se ele pisar na bola dou um sacode nele. - brinca Justin me arrancando um sorriso.

Desço depois de me despedir, os vejo seguir e entro. Encontro um senhor boa pinta, ele me encara parecendo me conhecer e sorrio sem graça porque tem carros e homens por toda parte.

- O quê faz aqui mocinha?

- Estou procurando Steven Wood!

- Meu filho está nos fundos. - engulo seco quando me toco que estou diante de seu pai.

- Obrigada sr.Wood!

- Como se chama?

- Aluanna Clarkson!

- Clarkson, muito prazer sou Henri Wood.

Apertamos as mãos e depois sigo para os fundos.

Steven estava debaixo do capô arrumando o motor, cheguei de manso e o abordei calmamente.

- Oi Steven!

Ele se assusta batendo a cabeça, ao me encarar com cara de dor parece surpreso.

- Aluanna?

- Desculpa, atrapalho?

- Não, estava dando uns último retoques. Como chegou aqui?

- Meus amigos me trouxeram!

- Nossa, você está....

- Pode dar uma escapulida do trabalho agora?

- Agora quer dizer nesse instante?

- Sim.

Ele me encara confuso, sorri e depois voltamos por onde vim. Enquanto o vejo conversar com seu pai na entrada da oficina fico pensando que nada venha dar errado essa noite.

- Oi, meu pai quer falar com você! - ele diz sem graça.

- Claro.

- Aluanna, certo?

- Sim!

- Sua mãe sabe que está aqui?

Faço uma cara e ele sorri.

- Não quero me meter em encrenca por causa dos dois, mas por hora vou fingir que nunca esteve aqui. Agora, sumam e divirtam-se com juízo.

Nos despedimos de seu pai super simpático, entramos na sua caminhonete e seguimos para o destino desejado.

Vai ser incrível, assim espero.