Capítulo dois

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Oiie Amores e Amoras, tudo bem? Vim trazendo mais um capítulo dessa história que está sendo um enorme desafio escrever, mas que espero muito que gostem e que comentem aqui o que estão achando. Beijocas da Maii

***

           

Yuli estava desolada e não sabia o que fazer da vida, a dor que corroía seu peito só parecia crescer a cada segundo e mesmo ela tentando se convencer de que tudo iria ficar bem e de que as coisas um dia iriam melhorar nada ao seu redor parecia confirmar isso. Ela não tinha mais os pais que sempre foram sua fortaleza, nem Erick a quem ela havia entregado seu coração, seu corpo e todos os seus sonhos.

Levantou depois de chorar e decidiu que iria ver o mar, era a única forma que ela encontrou para melhorar sua situação, foi no quarto trocou de roupa e pegou sua bolsa colocando dentro dinheiro, chaves e o celular, mesmo que não tivesse ninguém para ligar para ela. Ela morava próximo a praia e por isso foi andando até o local, assim que contemplou o mar sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto.

Tirou as sandálias e sentou-se na areia fria da praia, já era noite e por ali só passavam alguns casais de mãos dadas ou alguém praticando corrida. Ali sentada relembrou todas as vezes que esteve naquele  local com seus pais ou com Erick e até com todos eles juntos, reviveu todos os momentos felizes, todo carinho que recebia e dava, lembrou de Deus e então depois de tanto tempo longe Dele e sem nem ao menos lhe dizer uma só palavra.

-Deus! –Ela falou baixinho se achando idiota por falar com um ser que para ela não era tão bom quanto ouvia falar.  –Por que tirou tudo de mim? –falou em voz alta fitando o mar deixando as lágrimas rolarem. –Por que não os protegeu? Eles não te serviam? Não diziam que eu precisava voltar para sua presença porque você era um pai bom, muito melhor do que eles. Por que não foi um pai bom para eles? –Ela jogava as palavras ao vento deixando sair do seu peito toda mágoa e raiva que sentia de Deus. –Me diz! Vamos, me diga! Por que não os guardou? Por que me deixou sem chão?... –ela não conseguia mais falar mesmo com muitos questionamentos ela não tinha forças, só chorou.

-Moça! –Ela sentiu alguém tocar em seu ombro e por um impulso olhou nessa direção fitando um par de olhos castanho em sua frente.

-Que foi? –Ela falou limpando o rosto molhado.

-Está tudo bem? –O rapaz perguntou preocupado.

-Bem? –perguntou rindo irônica. –Não sei mais o que é estar bem, mas obrigada por se importar. –falou achando que com essa resposta o rapaz iria embora.

E enquanto ela fitava o mar, ele a observava admirando sua beleza que mesmo com a escuridão da noite e do rosto vermelho por conta do choro não ficava escondida.

-Você quer conversar? –Ele perguntou solidário.

-Não, obrigada! –Ela disse tentando não ser grossa.

-Tudo bem, mas não acho bom você ficar sozinha aqui na praia é perigoso. Já está tarde.

-Eu sei, mas eu tô bem aqui sozinha. –foi o que ela disse.

E diante da resposta da moça ele apenas se afastou e ficou a observando de longe, mas para protegê -la do que porque queria continuar ali. Ficou até que ela se levantou minutos depois e foi embora.

***

Fazia quatro meses que ela havia terminado o namoro e  três que tinha começado a faculdade de administração, ela havia prometido a si mesma que um dia administraria a empresa que seus pais tinham deixado para ela. Isadora estava voltando a ser a menina carinhosa e meiga de antes, estava feliz com a escola e com toda atenção que recebia da irmã que naquele momento vivia para faculdade e para ela.

-Você precisa se cuidar Li, nem parece que tem 18 anos. –Maria Julia falava segurando o cabelo ressecado da amiga nas mãos.

-Não estou afim!

-O Ben marcou um jantar lá na casa dele hoje e te convidou eu não quero que minha amiga chegue lá com essa cara na casa do meu namorado.

-Essa é a única cara que eu tenho, e desde quando são namorados? –Yuli perguntou surpresa.

-Desde ontem. –Falou estendendo a mão para amiga com um anel de compromisso.

-É lindo! –Falou abrindo um breve sorriso.

-Menos falsidade, por favor!

Maria Julia sabia que a amiga havia sido traída e por isso desconfiava de todos os homens do mundo até mesmo de Ben que segundo ela era um homem incapaz de tal feito.

-Eu sei que não acredita nos homens, mas isso é só até você encontrar um cara legal.

-Eu não quero encontrar um "cara legal' eu estou ótima sozinha. –Yuli falou debochando.

-Eu estou vendo. – A amiga voltou a pegar o cabelo de Yuli.

Naquela tarde por muita insistência da amiga Yuli fui ao salão de beleza e fez as sobrancelhas, as unhas e cortou os longos cabelos deixando-os na altura dos ombros saindo de lá pegou a irmã na escola e levou para casa do tio. Tomou um banho demorado e escolheu uma roupa para ir ao jantar na casa de Ben, só não rejeitou o convite porque Majú estava tentando anima-la e ela não iria fazer desfeita com a amiga, escolheu um vestido preto soltinho, calçou uma sandália fechada, mas sem salto, soltou o cabelo e fez uma maquiagem para esconder as olheiras que ela tinha ganhado nos últimos meses, por fim passou perfume e saiu.

Chegou no apartamento de Ben e tocou a campainha ela já tinha ido ali outras vezes acompanhar a amiga, mas naquele dia se sentia desconfortável.

-Oi Yuli, como vai? –Benjamin falou assim que viu a bela moça parada em sua porta.

-Vou indo! –Ela falou indiferente. –Posso entrar? –perguntou ao rapaz.

-Claro, Pode entrar! a Maju está lá dentro com o Noah.

Ela entrou no apartamento do rapaz e tentou trazer a memória alguém com aquele nome, mas não conseguiu.

-Amor, a Yuli chegou! –Benjamin gritou .

Pouco tempo depois a garota vem para sala de jantar seguida de um jovem .

-Oi Li! –Maju falou abraçando a amiga. –Aproveita o gato! –sussurrou no ouvido dela.

Assim que soltou a amiga do abraço, Yuli viu o rapaz parado em sua frente lhe fitando como se fosse uma obra prima valiosa.

-Você? –Os dois falaram juntos.

-Vocês se conhecem? –Ben perguntou curioso.

-Digamos que já tenhamos nos esbarrado por aí. –Yuli falou encarando o rapaz que fazia o mesmo com ela.

-Prazer, Noah! –Falou estendendo a mão para ela e com seu tom de voz rouca fez todos os pelos do corpo dela se arrepiarem.

-Prazer, Yuli! –Falou encarando os olhos castanhos em sua frente.

CONTINUA ...

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