Capítulo 31

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Lauren Points of View

Camila havia desaparecido, depois que ela saiu de perto de mim tentei procurar por ela mas não a encontrei em lugar algum, nem na pensão nem em qualquer outro lugar o que me deixou bastante preocupada. No domingo ninguém a viu também, pedi ajuda a Vero pra perguntar as pessoas da festa se viram ela em algum lugar, mas ao que parecia Camila havia sumido sem deixar rastros. Novamente fui até a pensão, desta vez usei a chave reserva pra entrar em seu quarto mas tudo estava em seu devido lugar, passei todo o domingo na rua procurando por ela e perguntando as pessoas se alguém tinha a visto, notei que o homem que ficava a cercando durante a semana também havia sumido e isso me deixou ainda mais em pânico ao pensar que Camila poderia estar machucada em algum lugar.

Na segunda eu tinha esperanças de encontrá-la na escola, mesmo que ela me ignorasse seria bom vê-la bem, mas ao contrário do que eu queria, ela não apareceu me deixando ainda mais preocupada, tentei ao máximo prestar atenção nas aulas mas a possibilidade de Camila estar machucada ou estar sendo machucada por alguém não sai da minha cabeça. Eu tinha que fazer algo para encontrá-la, eu tinha que estar com ela ao meu lado e isso não poderia esperar mais.

– E então Laur algum sinal dela? - Vero chegou no estacionamento da escola na terça.

Fazia dois dias que Camila estava desaparecida e todos estavam começando a ficar preocupados.

– Não. - Suspirei. – Já procurei ela em todos os lugares desta cidade, em cada galpão abandonado, em cada beco, em tudo.

– Não acha que está na hora de chamar a polícia? - Vero também estava fazendo tudo o que estava ao seu alcance para tentar encontrar Camila.

– Eu vou fazer isso. - Disse decidida. – Vou fazer isso agora.

– Eu vou com você.

Quando chegamos a delegacia fomos até um balcão onde um policial falava ao telefone e outro mexia em algum papéis paramos de frente ao balcão, mas nenhum dos dois notou nossa presença, bati a mão no balcão de leve pra chamar atenção deles, mas isso também não adiantou.

– Será que dá pra alguém atender a gente? - Falei mas os dois continuaram a fingir que não estávamos ali.

– Porra, será que vocês podem vir aqui ou vamos ter mostrar pra todo mundo que os policiais desta cidade ignoram totalmente quem precisa de ajuda? –Verônica deu um murro na mesa fazendo com que os dois policiais olhassem para nós.

– Ei garota calma ai, você está em uma delegacia. – O policial que mexia nos papéis veio até nós. – O que as moças querem?

– Registrar o desaparecimento de uma garota. – Falei séria encarando o policial.

– Certo. – O policial pegou uma folha de papel e uma caneta. – Nome da desaparecida?

– Karla Camila Cabello. – Falei rápido.
 
– Há quantos dias está desaparecida?

– Hoje faz três dias. – Vero disse olhando para o papel que o homem escrevia.

– Certo. – O homem fez uma pausa e então olhou para nós. – Vocês são familiares da desaparecida?

– Não. - Falei.

– Sinto muito garota, mas apenas pessoas da família podem registrar desaparecimento aqui na delegacia. – O policial largou a caneta no balcão e nos encarou.

– Mas ela não tem nenhum parente na cidade. – Vero suspirou. – Ela é namorada dela.

– Sou... - Fiz uma pausa para olhar para Vero que balançou a cabeça positivamente. – Sou a namorada dela.

Amor e Mistérios (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora