O aperto foi sutil. Estava mais para um toque. As mãos pequenas e macias de White seguraram o braço de Olívia, lhe dando apoio e evitando uma eventual queda. Ela sorriu. Ele permaneceu sério. Ela veio com o corpo próximo ao dele, acariciou aqueles cabelos cinzas com as duas mãos e colocou a sua franja para trás. Foi descendo e tocando em suas têmporas, passeando os dedos pelo lóbulo de sua orelha. Os olhos azuis do Sr. White a fitavam com interesse. Um dos seus polegares contornou o desenho daqueles lábios finos, e Olívia, com um reflexo, umedeceu os seus.
O Sr. White não aguentou. As suas mãos a seguraram pelos quadris colando os seus corpos. A beijou profundamente.
— Quero transar com você... Agora! — Olívia sussurrou.
Sua mão direita envolveu a esquerda dele e o puxou para os fundos do bar. O empurrou para dentro do almoxarifado. Improvisou a tranca da porta com uma vassoura. E enquanto caminhava em sua direção, subiu a sua saia, retirando a calcinha e a jogando em qualquer canto.
O Sr. White apenas observava.
— Abaixe as suas calças e sente-se naquele banco.
Carmim nunca havia usado um tom autoritário. Olívia estava. E o provocava, passeando as suas mãos por todo o corpo.
— Gosta disso, não é? Eu sei que gosta. Das poucas coisas que sei sobre você, disso eu sei que gosta.
Apontava para o seu próprio corpo, apertando os seus seios e subindo mais a sua saia. White podia vê-la nua da cintura para baixo, e os poucos pêlos que ali emolduram o seu sexo faminto.
— Sei que gosta do perigo de ser pego. E aqui podemos ser a qualquer momento. Então, o que está esperando?
Colocou os seus dedos entre o cós da saia de Olívia, a puxando para cima do seu colo. Olívia sentou-se e o encaixe aconteceu seco. Ambos fizeram uma careta de desconforto.
Henry, com a mão espalmada em suas costas, lhe oferecia apoio para assim iniciar a sua movimentação sem que caísse. Algo que não estava se importando. Olívia beijou-lhe novamente, culminando em uma mordida. A outra mão do homem se alocou naquelas nádegas generosas e as apertou assim que a mulher lhe machucara.
Dessa forma, Olivia se movimentou sobre o seu colo. Olhos não se desgrudavam um da expressão do outro, que logo se tornaram de prazer.
A mulher, antes seca, se umedecia à medida que a sua dança sobre o colo oferecido se intensificava. Olívia rebolava cada vez mais rápido. Cada vez mais perdida nos seus desejos e anseios.
As mãos dele percorriam nesse momento pelo pescoço de Olívia, descendo em direção ao decote que sua camisa possibilitou quando alguns botões foram deixados propositalmente abertos.
— Aperte!
Henry não entendeu direito aquele pedido. E apertou os seus seios.
— Aperte o meu pescoço! Quero que faça pressão no meu pescoço. Corte o meu ar!
Como esperado, o Sr. White não realizou o que ela havia lhe solicitado com tanta autoridade. Ela tornou a pedir quase aos berros. O homem se mexeu embaixo do seu colo indicando que estava determinado a acabar com aquilo tudo. E no reflexo dessa ação, foi ela que faria um gesto que mudaria tudo.
Sua delicada mão, que antes se apoiava no seu braço firme, segurou com força os seus cabelos perto da nuca, o puxando para trás. E assim, com esse gesto bruto e dolorido, conseguiu com que ele ficasse totalmente imerso dentro de si.
O Sr. White gozou quase que instantaneamente. Olívia percebeu, e mesmo assim ignorou. Ainda não tinha chego ao seu ápice. Mantendo a cabeça do homem para trás, o segurando pelos cabelos, movimentou o mais rápido que conseguiu e assim se jogou ao mar do seu prazer.
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Encontro com o Prazer - Livro 1 [Completo]
Romanzi rosa / ChickLitExiste o momento certo de parar? Elisa Carmim estava decidida quando escolheu ser uma acompanhante de luxo. Agora passado tanto tempo dessa escolha, sente que chegou a hora de abandonar, antes de entrar em decadência. Não se perdoaria se isso aconte...