Capítulo 20

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O táxi assim que entrou na Rua Kinzie, Carmim pode avistar o seu destino daquela noite. Ao ver a fachada tradicional e elegante, do Bavette's foi impossível para ela não salivar. Gostava de comer carne, principalmente mal passada e as melhores que desfrutou em toda sua vida vieram da penumbra desse restaurante famoso e premiado de Chicago. Um ambiente agradável e seleto. A luz amarela incidente o torna ainda mais aconchegante, principalmente se a intensão é impressionar. Esse era o restaurante favorito de Sr. White quando estava na cidade e uma vez na semana sempre levava Carmim até lá.

Dessa vez combinaram de se encontrar no local. A reunião em que estava duraria um pouco a mais e dessa forma solicitou que a sua acompanhante lhe encontrasse direto no restaurante. E assim ela vez.

A hostess lhe informou que estava tudo certo com a reserva e se ela queria se sentar à mesa ou aguardar no bar. Carmim optou pelo bar. Achava deprimente ficar sozinha em mesas de restaurantes. Dava-lhe a sensação de que levou um bolo. O bar nessas horas de espera funcionava como um escudo. E dessa forma acomodou-se em um dos bancos vazio e solicitou um Manhattan.

Sentiu a vibração do seu celular dentro da carteira prata que carregava. Acessório que combinava perfeitamente com o discreto tubinho preto que escolheu para aquela ocasião. Nos pés nenhuma novidade, o seu fiel, scarpim Jimmy Choo.

O smartphone foi resgatado e a mensagem lida. Sr. White se desculpando pela demora, mas que já estava no caminho. Carmim fez sinal para o barman pedindo mais um drink e antes que pudesse guardar seu celular no lugar apropriado, sentiu um toque suave em sua pele pelas costas. Aquele vestido tinha um decote sutil em v nas costas e como seus cabelos estavam presos permitiu que sua pele alva ficasse a mostra e totalmente à mercê daquele homem que conhecia cada centímetro do seu corpo.

Um arrepio subiu por sua espinha. Sabia que não era Sr. White. Ele não tinha esse hábito. O que ela sabia sobre aquele toque mesmo sem ver quem lhe invadia era que vinha de algum cliente e não gostou nada daquilo. Elisa Carmim agora era exclusiva de um único cliente há mais de cinco meses e pretendia permanecer assim até que esse cliente não a desejasse mais, algo que ela pedia internamente para que não acontecesse. Depois do choro compulsivo que teve e depois de dormir em seu quarto favorito e aceitar que estava apaixonada, tudo que ela queria e fazia era estar a maior parte do tempo ao lado de Henry White.

— Por um breve momento quase não a reconheci. — a voz veio doce demais aos ouvidos de Carmim e então ela soube quem era — Deveria ter feito você tirar aquela peruca quando tive a oportunidade.

— Sr. Green!

— Srta. Carmim?! É assim que devo chama-la?

— Pode me chamar de Elisa se preferir.

— Posso? — apontou para o banco ao seu lado.

— Preferia que não...

Antes que ela terminasse a frase Peter Green já havia se acomodado ao seu lado no bar e solicitado ao barman uma dose do seu melhor uísque. Carmim olhava ao redor com seus ombros tencionados. Volta e meia colocava seus olhos na entrada se certificando que Henry ainda não havia chego. Detestaria se ele a flagrasse novamente com Green.

— E como está à vida, Elisa? Sente falta?

— Desculpa? Não entendi a sua pergunta.

— Entendeu sim. Mas vou ser mais específico. Sente falta dos seus clientes?

— Quer dizer se sinto falta de você?

Peter sorriu abertamente. Tomou um pouco do liquido amargo e tornou a olha-la nos olhos:

Encontro com o Prazer - Livro 1 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora