Calado, Potter

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    Pov. Malfoy

   Já era tarde e Draco continuava na enfermaria, depois de cair de sua vassoura no Jogo de Quadribol. Tudo culpa do maldito testa-rachada.
Malfoy estava quase pegando o pômo-de-ouro, quando o 'santinho Potter' veio pra cima dele com tudo atrás do Pômo.
E então Puuft!
Ele caiu da vassoura e foi com tudo no chão, estuporou a costela e nem precisou de um feitiço pra isso.

— Meu pai vai ficar sabendo disso, Potter. — murmurou fitando o teto da enfermaria.

(...)

     Pov. Potter

— Mas diretora! Eu não tive culpa! — argumentava Harry.

— Senhor Potter, o pobre senhor Malfoy está na enfermaria por que o Senhor o derrubou da vassoura. De propósito ou não, esse é o seu castigo. — Minerva respondeu, dando um ponto final na discussão.

Harry costumava ser gentil com todos e com Minerva não seria diferente, levando em conta tudo oque ela já fez pelo moreno. Mas naquele momento, a chateação era tanta por ter recebido um castigo que ele considerava injusto, que apenas saiu da sala batendo os pés e bufando em irritação.

Chegando ao salão comunal encontrou Rony e Hermione, que foram direto perguntar como foi na sala da diretora.

— E então? — falou Rony. — Ela dispensou um elfo-domestico e pôs você no lugar?

— Cale a boca Ronald, deixe Harry falar. — Hermione se pronunciou, apressada.

— Doce Hermione, tão carinhosa quanto um trasgo-montanhês. — O ruivo murmura.

— Ela me deu um castigo, e só ficou falando sobre 'o pobre e indefeso Draquinho' — Ironizou, imitando uma voz de mulher. — E olhe que estamos falando de Malfoy. — Disse fazendo um sinal com os bíceps.

— E qual foi o Castigo Harry?! — Hermione perguntou.

— Oh, isso! Droga. Eu tenho que cuidar de Malfoy está noite na enfermaria, Madame Pomfrey foi visitar a irmã que está doente. — Ele disse e fez um aceno de varinha, conjurando um relógio.
— Estou Atrasado.

— Me faça um favor! — Disse Rony. — De um veneno pra Doninha, e diga aos outros que Malfoy não resistiu a queda.

— Muito engraçado Ronald. — Disse Hermione dando um tapa no pescoço do namorado.

Harry saiu correndo apressado em direção a enfermaria.
Chegando lá, abriu a porta devagar com medo de acordar algum outro paciente que estivesse doente, mas não havia ninguém além de um loiro pálido deitado em uma cama no final da sala.
O homem caminhou até lá, com um sentimento estranho se apossando de seu coração, era compaixão? Não! É claro que não. Deve ser culpa, pensou Harry.

Mas ao chegar ao lado da cama do cara mais velho se sentiu triste, pois Malfoy não aparentava ser o garoto insuportável de sempre, ali naquela cama com a pele ainda mais pálida que o normal, os olhos fundos e a boca ressecada pelo excesso de remédios, ele parecia tão frágil aos olhos de Harry.

— Pomfrey...  água.

O moreno quase desfaleceu com o susto que levou ao ver os olhos prata se abrindo devagar, para logo Draco o encarar confuso. — P-potter?

Harry não respondeu, apenas andou até o criado mudo do outro lado da cama de Draco, pôs água num copo e levou em direção a boca de Malfoy, que virou a cara.

— Ei Malfoy, calma. — O chamou, um quê de irritação na voz. — Só quero ajudar.
E levou o copo com água novamente até os lábios do outro.

Observando a Lua - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora