O doce, Draco

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N/a: Boa Leitura meus amores.. :)

  -- Excelente, Harry. Agora só precisa por os nossos nomes.

  -- Esta pronto. -- O moreno disse enquanto enrolava o Pergaminho e pegava sua varinha.
A seguir, Um Accio não verbal fazia com que cada objeto que os dois espalharam pelo leito do loiro fosse encaminhado para as mãos de Harry, que avidamente os direcionava para a caixa que trouxera anteriormente com os matérias necessários para o trabalho de Adivinhação.

   Eles enfim haviam terminado. Ambos não entediam bulhunfas da matéria, entretanto, pareciam se esforçar para parecerem totalmente competentes no assunto.
   Harry tinha feito o possível para lembrar dos comentários de Hermione e Luna, até mesmo leu duas ou três vezes o livro recomendado pela professora, antes de realmente apresenta-ló ao loiro.
    E Draco, por sua vez, reuniu suas armas como um Malfoy e sou sua postura fria e suas Expressões impaciveis. Se mostrava superior a todas as observações que o moreno fazia, dando comentários polidos e centrados sobre a matéria, como quem expõe suas opiniões sobre uma partida comum de Quadribol.
     

  Tinha ocorrido tudo bem, afinal. Draco parecia surpreendido por Harry saber tanto sobre uma matéria tão vaga. E Harry, achava Malfoy um máximo por conseguir interpretar de forma excelente todas as observações estranhas que o livro os dava. Umas mentiras ali e outras lá, nada que prejudicasse a ressente paz entre o príncipe da Soncerina e o menino que sobreviveu. - Duas vezes.

  -- Oque nós vamos fazer hoje, Harry? -- O loiro perguntou enquanto afastava os panos grossos dos cobertores da enfermaria de cima de si.  -- Não é como se tivéssemos muitas opções, mas ainda é cedo, podes pensar em algo.

   -- Sabe em que eu estava pensando? -- Harry disse com um sorriso de canto, ao mesmo tempo em que esparramava-se na poltrona aconchegante ao lado da cama do outro.

    -- Bem, Harry. Eu realmente sou tudo de bom. Magnífico, belo e todas essas coisas assim, contudo, ainda não sou versado em magia sobre a mente. E isto quer dizer que, infelizmente, Não consigo desvendar seus pensamentos. Oque seria incrível, apenas pelo fato de não ter que ficar ouvindo sua voz irritante todo o tempo.

    -- Estava pensando em passar o dia na cama, experimentando todo tipo de doce que encontrar por aí. -- O moreno o respondeu com os olhos sonhadores, olhando para algum ponto acima de sua cabeça, com cara de paisagem.

    -- Por Salazar, Não. Eu não sei oque todos vêem demais nessas porcarias, a minha vida é excelente sem essas coisas gordurentas.  -- Draco disse enquanto dava um tapa indolor na bochecha do outro, o puchando de volta ao mundo real.

    -- Calma, lá.. -- Harry o olhou alarmado. -- Você Nunca comeu nenhum doce?

O loiro negou com um gesto simples, o rosto indiferente a confusão do outro.

  -- Nenhum? Nenhunzinho?

   -- Bem, eu costumava comer a minha torta de maçã verde aos domingos. - Draco comentou com os olhos fechados.

   -- Isso não é doce! Você precisa experimentar algo com um alto teor de açúcar, vai fazer bem a você. - O moreno disse enquanto se levantava apressadamente da poltrona, e se dirigia com passos ávidos até a porta da enfermaria.

   -- Harry, -- Draco olhou para poltrona onde o outro estava, e logo depois pra onde o garoto se encontrava agora, a poucos passos da porta da enfermaria, Se perguntando como Harry conseguia se mover tão depressa. -- Onde você vai?

   -- Vou te tirar da amargura, Draco. -- O moreno o olhou uma última vez antes de sair.

   -- Como é?

   -- É hoje que você tira a barriga da miséria.  -- murmurou antes de fechar a pesada porta, e sumir pelos corredores.

                       (...)

  -- Eu odeio você. -- O loiro contorceu a boca em uma careta engraçada, os olhos fechados rudemente. -- Você disse que esse ia ter um gosto bom.

  -- Não não, Draco. -- Harry ria das poses exageradas que o outro fazia enquanto experimentava mais um dos feijõeszinhos que tinha trazido.
  Ele tinha demorado uma boa quantidade tempo para encontrar todos os doces que gostava, e ainda ficaram faltando alguns. Escolheu os melhores, enquanto pensava em Draco, e se ele aprovaria toda aquela açúcar que Harry tinha passado horas pra encontrar.   -- Eu disse que se você provasse mais um, corria grandes riscos de ser algum de bom sabor.

   -- Dane-se. Você é um mentiroso.

   -- Vamos lá, Draco. Prova só mais um, e então passamos pra outro. -- O moreno insistiu, enquanto pegava mais um dos feijõeszinhos e estendia para Draco.

   O loiro aceitou um pouco excitante, e dirigindo um olhar mortal para o outro, pôs o doce na boca. Passaram-se segundos, até que Draco fizesse a careta de novo, de uma forma ainda mais dramática desta vez.

  -- Eu não quero mais dessas porcarias, Potter! -- Dizendo isso, o loiro puxou o saquinho de feijõeszinhos das mãos de Harry, e com um aceno de varinha, o reduziu a cinzas.

  -- Mas que merda, Draco. Você não sabe brincar. -- Harry murmurou pra si mesmo enquanto tirava do pequeno baú de madeira, mais um saquinho de doces. - Tenta esse.

   -- Se for ruim, iram nascer verrugas nas suas bolas. Eu juro.  -- O loiro falou sério enquanto pegava o doce de cor avermelhado nas mãos, analisando atentamente, procurando algo de errado. -- Juro por Salazar. -- Disse erguendo as sobrancelhas e lançando um olhar desconfiado pra Harry, antes de provar a guloseima.

   Harry riu da cara surpresa que Draco fez, comprovando o fato de que o moreno tinha conseguido agrada-lo, depois de milhares de outras tentativas.

    -- Oque é?  -- O loiro perguntou enquanto limpava os vestígios de açúcar que tinham caído em suas vestes.

  
     -- Se chama alcaçuiz, e é um doce trouxa. Eu costumava comer na casa da vizinha dos Durley's, algumas vezes em que ela me chamou para um chá. -- O moreno disse enquanto comia chocolates, que segundo o loiro, eram doces demais, e o deixava tonto apenas de sentir o cheiro.

   -- Você tem mais desses ai? -- Draco o perguntou com um sorriso travesso e infantil, e aquele era um gesto novo para o moreno, vindo de Draco. Então um sorriso bonito se abriu nos lábios de Harry, antes mesmo que ele pudesse conte-lo.

  -- É claro. -- O moreno disse entregando o baú cheio de doces nas mãos do outro, e se deitando largadamente na cama da enfermaria em que Draco estava sentado. -- Quantas sua baixa tolerância a açúcar aguentar.

  Harry estava verdadeiramente satisfeito com a sua evolução com o loiro. Eles não tinham avançado muito em relação ao encantamento, mas Harry pensava que depois que eles tivessem um laço estabelecido, as lembranças felizes viriam mais fácil, e espontâneamente.

    O dia de hoje, foi incrível na concepção de Harry. E ele descobriu o motivo de Draco ser tão amargurado, Afinal. Agora que já sabia um bom jeito de agradar o loiro, e faze-lo ficar mais manso e doce, Harry se agradou em ter algum tipo de conhecimento a mais sobre Draco, e isso poderia ser bem útil, no futuro, quando a Grifinória ganhasse outra partida de Quadribol contra a Sonserina.

   Potter tinha feito o dia valer a pena, Afinal. Se concentrando nos desenhos estranhos e aleatórios que fazia com sua varinha no teto da enfermaria, Harry começou uma pequena discussão consigo mesmo, de qual seria a atividade que faria Draco tão feliz quanto hoje, no dia seguinte.
    E com esses pensamentos rondando sua mente, Harry sorriu para o teto ao ouvir Draco abrir mais uma embalagem de doces.

Observando a Lua - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora