- Eu... Não sei. - Disse Harry sem interesse.
- Mas você quem tem serviços a cumprir. McCogonall mandou você, me fazer companhia.
- Não estou para brincadeiras, Malfoy.
- Esta estressado, Potter? - Perguntou o loiro, o rosto repleto de ironia. Um típico Malfoy, é claro.
- Você tem alguma sugestão de algo para fazermos? - Harry resolveu que não iria deixar Malfoy o irritar, não queria mais castigos vindos de McConaughey.
- Que tal um jogo de perguntas? - Sugeriu o Loiro, um leve brilho de interesse passando pelos olhos acinzentados, foi embora tão rápido quanto veio, o olhar vazio de volta ao rosto pálido.
- Como assim?
- Não seja tolo. Um jogo de perguntas. Eu pergunto, você responde, e vice versa. Exatamente como eu disse antes, Potter.
- Ah. Sim, sim. Esta bem.
- Eu começo. - Disse Malfoy. - Você tem uma palavra favorita?
- O Loiro disse rapidamente, sem pensar muito. Era uma pergunta um pouco peculiar, não era algo que esperava ouvir de Malfoy.Harry ficou calado e pensou um pouco. Tantas palavras no mundo com tantos significados diferentes, várias palavras que o lembravam de coisas belas e bonitas. Mas, a única palavra que Harry conhecia para definir todos os momentos bons que tinha vivido era Amor. Mas, amor era totalmente vazio e inútil quando não era Recíproco. E ai está a palavra.
- Recíproco. Minha palavra Favorita é Recíproco. - Respondeu o moreno confiante, foi uma bela escolha, afinal. - Agora é a minha vez, Sim?
Malfoy fez um leve aceno com a cabeça, indicando um sim, e se afundando um pouco mais na cama, enquanto fechava os olhos.
- Você.. Qual sua cor Favorita? - Harry perguntou. Era óbvio que ele queria saber mais do que isso, mas não sabia como formular as perguntas em sua cabeça.
- Ah vamos lá, Potter. - Draco levantou uma das mãos levemente para cima e mostrou seu pulso, as duas finas tiras de seda, verde e prata. Malfoy abriu apenas um dos olhos e olhou rapidamente para o moreno - Você pode fazer melhor, Potter. - em seguida voltou a sua posição de antes, os olhos fechados e a feição calma.
- Você.. Bem, ainda dói? - Harry disse meio incerto, isso poderia ser um assunto pessoal demais. Porém, Malfoy não impôs nenhuma regra sobre as perguntas.
- Oque ainda dói, Potter?
- Ah, você sabe.. a.. a marca.
Draco o olhou estranho. Não exatamente estranho, mas de um jeito que Harry não tinha visto alguém o olhar. Malfoy enfim, ergueu a mão boa, e pegou sua varinha na pequena mesa ao seu lado. Harry respirou fundo, o pânico tomando conta de cada parte do seu ser, talvez não tenha sido uma ideia tão coerente assim perguntar esse tipo de coisa a um Malfoy. Malfoy então, fez um leve aceno com a varinha, o coração de Harry quase saltando para fora de si, ao mesmo tempo em que o gesso do braço machucado do outro lentamente desaparecia. O loiro pôs a varinha de volta ao seu lugar na mesa, em seguida usando a mão boa para mover o braço machucado.
- Sabe, Potter.. - Malfoy disse, enquanto virava o braço o suficiente para que Harry pudesse ver a marca desbotada que havia ali. - Eu estou tendo um ardo trabalho com essa porcaria. Eu estive procurando por algum método de retirar isso do meu corpo. Eu consegui achar algumas coisas, um tipo de magia complicada e dolorosa, dolorosa no sentido literal e não literal da palavra. É uma coisa verdadeiramente difícil, não que eu esperasse algo mais fácil para esse tipo de magia do mal, mas não pensei que fosse ser tão difícil, quase impossível, na verdade.
- Mas... Eu pensei que não fosse possível retirar isso. Quer dizer, não é como uma tatuagem, ela foi queimada no seu corpo, esta impregnada em você.
- Sim e não. Você pensou errado, Potter. Ela não esta impregnada em mim. Ela esta no meu corpo, mas não esta na minha mente, Eu a odeio. De acordo com os livros que estou estudando, você não precisa apenas querer, retirar ela do seu corpo, pra dar certo, você nunca pode ter desejado que ela estivesse ali. E eu nunca desejei essa coisa em mim.
- Bem, e porque ela está ai?
- Sua família, morreu por voc
- Não fale da minha família! - O moreno gritou alto.
- Me deixe terminar, sim? Como eu dizia, sua família fez oque fez por amor a você. E você faria o mesmo por eles, não? É exatamente assim que eu penso. Eu precisava fazer isso pela minha família, ele iria matar todos eles. Agora você pode voltar a se sentar e ficar calmo? Era isso oque eu ia dizer, antes de ser rudemente interrompido. - Disse o Loiro.
Harry, que estava em pé e com um olhar nada gentil direcionado a Malfoy, se acalmou, e voltou ao seu lugar ao lado da cama do Outro.
- Desculpe. É só que, eu pensei que você fosse dizer algo ruim. - Harry disse baixo, meio envergonhado pela sua reação. - Quanto a tal magia, pode me explicar como é? Talvez eu possa ajudar.
- É magia antiga, e bem poderosa, difícil de controlar. A magia consiste resumidamente em retirar a marca do mesmo jeito em que ela foi criada. Eu preciso queimar a marca para retirar a mesma, mas, ai vem a parte complicada, eu preciso queimar não somente a pele, mas preciso queimar as lembranças de como a marca foi feita. Basicamente, eu preciso apagar todo aquele ritual macabro da minha mente. E isso não tem nada de básico. - Draco respirou fundo, lembrando da vez em que tentou retirar a marca, queimou a própria pele com um feitiço, e pediu a um bruxo qualquer que o ajudasse com a parte do Obliviate. Enfim, deu tudo errado. A marca feia no seu braço é uma prova disto.
N/A
Sério gente. Me desculpem de verdade por ter sumido assim sem explicações. Eu fiquei sem celular, e bem, eu ainda estou sem, mas dei um jeitinho de continuar com a história, embora esteja bem difícil escrever sem o celular.
Espero que me desculpem.
Não esqueçam da Estrelinha
Xoxo