Inocência e Arrogância, Misturam-se

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Boa Leitura Baby's :)

— Harry.. — O loiro começou a dizer com uma voz rouca e baixa, uma voz que não se encaixava ao Draco de sempre. A voz soava mais calma e cautelosa, quase como se a um tom um pouco mais elevado, Harry fosse quebrar. E Draco tinha medo disso, Porque ele sabia.

  Harry iria quebrar.

Talvez não quebrar, mas explodir. Algo como um Harry descontrolado, estilhaços de palavras cortantes voando para todos os lados, pedaços rachados de sentimentos.

Ele queria ver Malfoy se ferir.

  Porque quando você quebra algo, você o reduz a pedaços, estilhaços fora de ordem, pedaços que podem cortar. Pedaços que podem te cortar.

E Malfoy tinha conseguido tirar o moreno dos eixos. Malfoy tinha o transformado em uma arma, uma arma que iria feri-lo.

  — O trabalho é como uma reflexão das aulas passadas. — Foi oque o moreno respondeu. Tudo indicava que ele nem mesmo tinha ouvido a fala do outro, mas Draco sabia que sim.

— Não podemos simplesmente resolver isso? — Draco disse com sua voz alta agora. Quase gritando, ao mesmo tempo em que erguia seu corpo da cama, e ameaçava levantar.

— Você irá cair, Malfoy.. — O outro disse enquanto sentava-se na cadeira despreocupadamente, sem ao menos olhar para o loiro. — E eu não vou ajuda-lo a levantar. Você sabe que n

— NÓS NÃO PODEMOS SIMPLESMENTE RESOLVER ISSO?
GRITAR E BERRAR ATÉ RESOLVER ISSO? — Draco estava gritando, e os olhos do moreno se abriram. Ele tinha conseguido a atenção de Harry.

— PORQUÊ TUDO TEM QUE SER COMO VOCÊ QUER? — Harry se levantou da cadeira, e caminhou com passos fortes até a cama do outro garoto, parando bem a sua frente, centímetros do rosto de Draco. — Novidade para você, Malfoy. — O moreno pôs a mão sobre o queixo do outro, imobilizando seu rosto, fazendo com que o olhasse. — VOCÊ NÃO É O CENTRO DE NADA! VOCÊ NÃO CONTROLA NADA. NADA.

Com os gritos de Harry tão perto de si, explodindo em sua mente e fazendo ecos pela sala enorme e quase vazia, o loiro fechou os olhos.

Com um movimento rápido, ele agarrou o punho de Harry, e o segurou bem a sua frente, o apertando.

— Veja bem, Harry. — O loiro abriu os olhos depois de falar, olhando no fundo dos olhos do outro, com o rosto sério. — Nós temos um grande problema aqui. E você pode ficar bem puto, você pode atirar esses malditos quadros no chão e todo objeto que queira quebrar, você pode até mesmo gritar comigo, Harry. Porque eu mereço isso. — Draco fechou os olhos com força agora, tentando afastar sua raiva, e logo voltou seu olhar a Harry. — Mas, se você tocar desse jeito em mim novamente, eu vou ter de pegar seus dedos, e vira-los para trás. E eu vou ter que pegar suas mãos, e entorta-las.

Draco encarou Harry com um pouco mais de intensidade para mostrar que estava falando sério, e logo depois suavizou suas feições, e soltou o braço do moreno.

—  E então? Oque você faz? — Harry estava sussurrando, parecia estar mais calmo, mas Draco sabia que ele estava fazendo aquilo como uma tentativa de não gritar. — Você sabe, Quando o mundo não gira ao seu redor.

Me provocar assim não vai resolver nossa situação. — Draco respondeu com a voz baixa, quase tanto quanto a de Harry.

Harry se sentou derrotado no chão aos pés da cama do loiro, e percebeu que sua raiva era muito mais fraca do que ele pensava. Apenas poucos berros e afrontas depois, ele sentia apenas a velha tristeza novamente. A vontade de chorar estava lá também, e o moreno se manteu firme para que Draco não percebe-se isso.

Observando a Lua - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora