Capítulo XV

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— O senhor não pode adentrar nesse recinto, Sr

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— O senhor não pode adentrar nesse recinto, Sr. George.

— E por acaso quem seria vosmecê? — Ele batia sua bengala com raiva sobre o chão inúmeras vezes. — Velha insolente. — Um cavalheiro em trajes, deveras um ogro de alma e coração este ameaçava entrar e em meio aos sorrisos de deboche ele se esculpia.

— Exijo respeito, Senhor! — Advertiu a rainha, claro, ainda com muito medo e sendo a distância cercada pelos guardas do palácio.

— Exiges? — Ele destilava fogo, bem veneno soa com sua formosura.

O barão adentrou mais que o permitido, claro, logo após fitar seu olhar de maldade sobre a rainha Carlota Joaquina que apavorada se agarrava em seu crucifixo de pérolas e esmeraldas, ou seja, ele era a reencarnação do verdadeiro Hades.

— Victoria Ward Alarcon, ou como queira ser chamada Sra. Duquesa de Madrid, onde está vossa excelência? — Com intuito de chamar minha atenção e me provocar ele gritava nos corredores enquanto com passos largos e firmes subia as escadarias do palácio.

A paz que tanto almejo havia findado e perpetuava-se aos fundos a bela paisagem que se desenhava do Rio, debrucei-me sobre a janela e tendo ordenado que o mesmo adentrasse em minhas acomodações, todavia não o contemplei, mas assenti seu hálito azedo, perfume barato das prostitutas e não menos importante vestia-se como um nobre inglês.

— A vontade meu caro e imperfeito, barão!

— Sua glória impede de mirar-me, Sra. Duquesa?

A agitação de outrora havia brutalmente sessado e já não lembrava o homem que inundado no corpo de uma fera rompeu as portas desse palácio. Entretanto, o reflexo se revelou na vidraça e avistei vosso deboche, bem como, quando simulou reverencias.

— Vossa excelência, não se cansa? — Não entendo o motivo de minha estupides em despir tal pergunta.

— De maneira alguma, querida! — No ritmo de uma serpente ele se aproximou e logo me envolveu em sua nevoa de maldade. — É um prazer gozar de vossa hospitalidade luso-brasileira. — Ele riu e sentou-se em uma poltrona que fitava a larga janela. — Querendo ou não sou seu marido, Victoria Ward de Alarcon. — Disse convicto de minha posse, aos seus olhos, eu era um grande prêmio.

— Uma lástima, Senhor! — Revelei com muito desprezo. — Minha vida converte-se em um grande inferno, meu amado barão.

— Vosso Sarcasmo me alegra, Victoria.

— Minha vontade... — Não terminei, mas mataria aquele homem se pudesse.

— Fale logo sua ingrata, infeliz, antes que perca minha paciência e acabe lhe...

Este era o homem que conhecia, o homem que bateria em uma mulher, velho ou criança, não importa, para embebedar em seu louco sucesso ele era capas inclusive de matar a própria mãe.

Açúcar: Um Amor Real/ Livro 1 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora