Capítulo III

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Adormeci com as estrelas e no céu a lua com seu esplendor iluminou minha noite

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Adormeci com as estrelas e no céu a lua com seu esplendor iluminou minha noite. Os pesadelos da madrugada roubaram minha tranquilidade e ao sopé da janela respirei o gelado vento que batia sobre minha face, o gélido não me incomodou, ao contrário, trouxe-me tranquilidade.

Querido e amado diário a paz que tanto almejo está longe de minha vida e às vezes imagino que a mesma se esqueceu que também sou filha do criador, entre cravos e espinhos quero acreditar que esse longo inverno terá um fim e em algum dia irei avistar as lindas praias do mundo tropical.

Como fora tola o bastante e o prazo de sua majestade se esgotava e a tempestade no horizonte denunciava sua chegada, essa tormenta tinha nome e sobrenome, George Ward, barão de Liverpool. Temendo o encontro de seu mais precioso rival e tendo poucos amigos dignos de lealdade na corte, Juan conseguiu lograr sua partida em dois meses, de fato, o rei zombava do duque, pois sua graça não estava ciente que era uma marionete do jogo do barão seu arquirrival e de sua majestade, José Bonaparte, irmão do temido Napoleão imperador da França.

— Acaso esse pavor que reluz em sua face é medo do senhor barão? — Perguntei, acaso o encontrei na saída de meu quarto e flagrei no corredor sendo bajulado por seus empregados.

Ele nada respondeu, o duque se calou, mas seu olhar repulsava fogo, deveras tinha o olhar de um dragão.

— Vosso veneno está ao estilo francês, sua graça. — Gritou o mesmo e pelo eco de sua voz ele se encontrava na saída do castelo. — Vou caçar e não me espere para o jantar, entretanto, engano-me... — Esbravejou sua fúria com um tiro para o céu. — Ou o rei clama sua presença, ou seria Napoleão?

Ao escutar seu clamor desci rapidamente as escadarias e corri até a porta daquela masmorra, sim, pois não vivo, sobrevivo.

— Sua graça morre de ciúmes? — Curvei-me em sinal de deboche.

Ele entregou sua arma ao seu fiel vassalo e marchando como um príncipe persa todo convencido, ele aproximou-se e descaradamente roubou-me um beijo.

— Isso é para que não olvide que és minha mulher. — Sussurrou cheio de raiva.

— Acredita que esse débil ato muda a história?

— Maldição! — Murmurou. E pelo retrato de vosso corpo ele não me bateu porque não teve coragem.

— Covarde. — Retribui para que o mesmo soubesse que não o temia mais como antigamente.

O rei não escreveu e o imperador não mostrava sinais de interesse como outrora, os flertes ficaram no passado e o terror pela primeira vez tocou em meu coração. Aquela insana agonia me corroía e quitava toda a pouca paz que teimava em existir, religiosa ou não nem o terço me consolava.

Açúcar: Um Amor Real/ Livro 1 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora