Capítulo X

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Meu querido diário...


Arruinar os planos deste fiel marido fora um grande triunfo, abrir esses olhos e deparar-me com o mesmo sobre meu leito tendo a igreja encomendado minha alma soa um tanto libertador e de minha boca lanço cortinas de fogo, afinal, não é sempre que se pode domar a morte ou o discípulo da mesma.

— Como se sente, Victoria? — Pacientemente interrogou o doutor Bernardo. — Causaste nos, um grande susto, vossa graça. — Enfatizou despedindo-se com um leve sorriso.

Embora já imaginasse as mãos sombrias de meu marido nos bastidores desse ocorrido, ninguém pode negar que os negros mascarados foram apenas mera coincidência, e não nego se os chocolates forem o grande causador dessa maléfica ousadia do Sr. Barão de Liverpool. Ele é frio e às vezes acredito que nunca amou e se outrora provou desse prazer a vida lhe concebeu um infeliz impacto da qual petrificou seu quebrantado coração.

— Diga-me doutor qual o motivo de minha moléstia?

— Foste envenenada, Victoria! — Bradou — Vossa graça tem inimigos? Suspeita de alguém? — Ele fixou seu olhar em George — Essa pessoa está nesse quarto, Sra. Duquesa?

Querido diário se ele soubesse jamais faria aquela insana pergunta, o nobre doutor nem imagina que a cobra dorme e mora comigo todas as noites.

—Não tenho palavras para descrever, Bernardo. — Respondi e os olhos voltei a fechar.

Conceber a este senhor um breve e grande final não está nos meus planos, e assim, sem consequências fazer George findar sua história logo agora? Não! Ele precisa sofrer, ele precisa desejar morrer e não provar desse encantado prazer da vida. Ele deve e necessita amar e não ser amado, George pode até provar do triunfo de suas hipocrisias, porém jamais terá o descanso que necessita, sua alma está condenada e desejar morrer e não morrer, amar e não ser amado é o melhor de todos os pratos dessa saborosa vingança.

Amável diário saia um cavalheiro e no seu lugar assentava-se uma besta vestida de príncipe puritano.

— Com vossa licença, minha vida. — O bravo homem o qual a vida me presenteou como marido. — Retire-se, Germana, por favor, é um desejo. — Tão galante que até os céus o desconhece tamanha gentileza. Tão apavorante como o boque de rosas-vermelhas que o mesmo depositou sobre a cabeceira.

— Seja breve, George. — Suspirei — Anseio por paz e liberdade.

— Comunico que já encontramos a pessoa que ousou ferir o meu lindo rouxinol. — Suas mãos tocavam minha pele e ânsia era o resultado desse falso carinho.

Açúcar: Um Amor Real/ Livro 1 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora