Capítulo VIII

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O velho piano fora um presente de Napoleão ao Sr

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O velho piano fora um presente de Napoleão ao Sr. Ward, deveras esse nome, ambos os nomes, causam-me intenso pavor, entretanto, tal instrumento não deve ser amaldiçoado por ter suas origens não tão nobres assim. Esta casa, essa fazenda, converteu-se em minha masmorra e nem mesmo a corte ou a Santa Casa do Senhor tenho permissão para frequentar, visto que no mundo do barão qualquer homem e digno de meu calor.

— Victoria... Victoria... — Aquela voz tragou-me de volta a realidade e, despertou, hora o maior dos medos já sentindo, sim, essa vida jamais fora sonhada ou narrada nos contos de fadas. — Preciso de vossa ajuda, Victoria. — Sugeriu Germana na companhia de um punhado de biscoitos, de fato, ela vive degustando do melhor dessa vida.

— Diga-me o que está acontecendo, Germana? — Perguntei, pois, a mesma estava mais alterada que o normal e logo descontava nas guloseimas da cozinha e tão breve se percebia em vossa nada elegante silhueta.

— Vosso pai, Sra. Duquesa. — Disse ela agora mais aflita e assim conseguindo minha atenção.

— Fale, Germana! — Um tapa em suas costas fora necessário, pois o filhote de urso panda havia se afogado. — Gula é pecado, Srta. Germana. — Sugeri — Todavia, prossiga.

— O Sr. Gonçalo, vosso pai, — A explicação fora interrompida por uma mordida no bolo de chocolate da qual a receita era um segredo que Germana mantinha a sete chaves. — como dizia; — Agora de boca cheia — seu pai e o barão estão discutindo na entrada da fazenda e caso a senhora não intervenha uma tragédia se avizinha. — Disse ela, porém, impedi-a que voltasse a comer.

A besta a qual herdei como marido vestia-se de um mosquete e mirava de fronte a face de meu pai, este ser, este homem, ou seja, lá se assim posso descrever está nutrido que sua justiça é divina, e somente ele, é possuidor desse dom da qual ele todo elegante vangloria ser detentor da espada dos céus contra os impuros.

— Basta! — Gritei como nunca ousei imaginar. — Estou farta de vossas loucuras, Sr. George Ward.

— Afaste-se, Victoria. — Mais forte gritou meu pai e agora tendo em suas mãos uma arma apontada para o honrável barão de Liverpool. — Esse duelo pertence aos homens e não as crianças desse reino.

Ele me chama de criança sendo que contemplo dois homens prontos para se matarem, visto que, um desses me alegraria se morresse, mas suponho que nem a morte deseja essa praga.

— Escute seu pai, querida. — A fera sorria — Pode se machucar e não seria gratificante para os negros desse mundo ver seu cristal de neve manchado com o vermelho da morte. — Completou o horripilante George.

Suponhamos que acatasse suas ordens, enfim, essa carta não faz parte do baralho e George pode concluir sua chacina, mas terá que me matar junto com meu pai ou vice-versa, pois, esse petulante barão necessita pagar suas dívidas antes de apodrecer nos confins da terra.

Açúcar: Um Amor Real/ Livro 1 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora