nêmesis

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eu escrevi o capítulo todinho bunitinho aí acabou minha bateria e o wtt não salvou. tinha mais de 3k palavras e esse tem umas 700 por que eu perdi a parte enorme de taekook e infelizmente tô sem animo pra escrever tudo de novo. mas próximo capítulo vai ter.

desculpa a demora bebezurras mas aqui está. não se esqueçam de votar~

Desgosto e raiva corriam pela cabeça de Yoongi enquanto ele encarava as sedas coloridas penduradas nas paredes do armário. Desgosto, porque seu corpo não estava mais colado ao de Jimin, e raiva, porque antes estivera.

Ele sempre se considerou uma pessoa sensata. Sim, sua frieza deveria, no mínimo, vir com uma cabeça da mesma temperatura. E certamente, o calor que o faria enrubescer se fosse humano passava longe disso. Sua mente estava vazia, perplexa, fazendo vazar o sentimento para sua expressão plana, os olhos secos, sem o trovejante brilho anterior.

Não saberia dizer por quanto tempo ficara ali congelado, mas seu transe não teria terminado se a voz clara de Hermes não o tivesse interrompido.

— Ei. Tá tudo bem?

— Uhm? Ah, sim, claro.

O deus mensageiro cerrou os olhos, contorcendo a boca.

— Sei... De qualquer jeito, sua falta está sendo sentida no lanche. Desce logo.

O moreno concordou com a cabeça levemente e saiu depois que Hermes se dissolveu no ar. Andou lentamente no no corredor, andando até as escadas e começando a descer com os pés se arrastando, se dando tempo para recompor.

— Yoongi? — Uma voz cantou atrás dele, fazendo-o virar o rosto. Uma ninfa de longos cabelos escuros, contrastando com suas asas de borboleta brancas, estava alguns degraus acima dele — Ah. Desculpe o inconveniente, mas uma amiga tem uma mensagem. Ela lhe pede cuidado. Cuidado com seu coração divino, que pode ser frágil também. É raro alguém narcisista amar outro que não si mesmo.

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As paredes da gruta se inclinavam como se pretendessem cair, brilhando com gotas escorrendo entre as pedras. Do teto, água caía também, formando poças pequenas no chão de fofa terra escura, que afundava embaixo das solas de seus pés, os refrescando depois da caminhada. A única luz vinha da entrada, e a escuridão não permitia ver até onde o espaço ia.

Eco inspirou, o odor agridoce de umidade e mofo enchendo suas narinas. Seu vestido preto estava sujo e os cabelos armados, pétalas escuras e folhas secas os decorando.

— Usas preto, ó ninfa, por luto de quem?

A voz grossa e feminina veio de todo lugar e de lugar nenhum, a fazendo estremecer. Seu lábio inferior tremeu antes de responder, mas sua voz saiu segura e afinada, como sempre.

— Ninguém há de ter morrido, ninguém relevante, ó deusa. Meu amor, entretanto morreu.

— Seu amor? Morreu? — A deusa respondeu, a voz parecendo se inclinar sobre ela — Morte é muito ampla. Morreu, ou foi assassinado?

— Assassinado. Assassinado por um semideus inconsequente.

— Ah sim. Semideuses tem um terrível hábito de assassinar o que os mantém vivos, não? Assassinou por que? Assassinou como?

O som da voz cantada da mulher não mais a fazia estremecer, e sim acalentava, enchendo seus ouvidos de satisfação.

— Por arrogância, pisou em meu amor. Venho, ó deusa, e temo incomodar, se for esse o caso, me desculpe, mas venho por necessidade. Venho, por que ele desperdiçou minha adoração pelos lábios frios de um deus.

— Não.

— Não?

— Não. — a deusa repetiu — Não vem por causa do que ele fez, ninfa. E também não vem pelas ações do deus que o seduziu. Não tens o direito de julgar um deus, sabes disso? Não trairei meus irmãos pelas vontades de outro povo.

— Não peço que faça nada ao deus, que todo direito de agir tinha. Estás certa, completamente certa. Não estou em posição de julgar um deus, principalmente não um como ele. Mas tenho o direito de exigir vingança, vingança não pela rejeição, mas pelo caráter maldoso dela.

— Ahá. — a voz da deusa parecia satisfeita — É por isso que vens, Eco. Vens pelo ácido que lhe consome a alma pura, pelas palavras destrutivas que lhe enchem os pensamentos, que invadem e envenenam. Não é a primeira, a se dar e não ser recebida. E não será a primeira quem eu irei atender.

— Então irás? — A voz de eco se levantou — Irás vingar-me?

— É claro. Semideuses que pela morte se apaixonam, para a morte devem ser levados.

se eu fizer pergunta no final do cap vocês não me deixam no vácuo?

vamos testar:

se você já leu mais de uma fic minha, qual você gosta mais?

NARCISO | MYG + PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora