Capítulo 1

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Sabe quando você acorda e pensa: "porque é que eu tenho que levantar!?" Bom, este é meu dia.
Segunda-feira, começo do ano letivo e eu já quero voltar aos meus sonhos só de pensar.

- Mon levante! - minha mãe gritou batendo na porta do quarto. - você tem 10 minutos até eu convocar a Alice para pular em cima de você. - ela ameaçou antes de sair.

Resmunguei me revirando na cama.

- odeio escola. - murmurei indo me arrumar para meu primeiro dia no segundo ano do ensino médio.

Ter 16 anos não é ruim, mas como toda adolescente eu tinha que ter minha fase rebelde. Bom, ela nunca chegou.

Já meu cabelo... O que há de errado em acordar comportado?

Deixe-me explicar a rebeldia do meu cabelo, tudo começa com a cor. Ninguém sabia definir qual era a cor exata dele. Para mim era mais cinza do que castanho, mas havia quem dizia que era mais castanho do que cinza, o que o deixa um castanho puro. Então vamos classifica-lo como castanho-acinzentado (se é que essa cor existe).
Agora a rebeldia continua e se torna completa com sua espessura grossa e firme até o meio das costas, os cachos indefinidos se formavam da metade para baixo o que me fazia deixá-lo preso em um rabo de cavalo a maior parte do tempo.

Rose (minha melhor amiga) dizia que pelo menos assim meus olhos acinzentados apareciam mais, enquanto eu só conseguia ver destaque em minhas olheiras na pele clara.

De qualquer forma eu ainda achava que era uma bagunça incorrigível, então bufei na frente do espelho e fui para o banho.

Depois de me arrumar desci para tomar café.

Na ponta da mesa estava meu pai lendo seu jornal matinal de sempre, quando sentei a mesa ao lado da cadeira alta de Alice os olhos azul-acinzentado dele me encontraram atrás dos óculos de leitura e dos tufos de cabelo negro.

- Bom dia. Vejo sua animação para ir pra aula. - comentou provocativo.

Meu humor estava tão ruim que nem respondi, apenas respirei fundo e me servi com o café da manhã.

Minha mãe veio com um prato de panquecas e um sorriso doce. Ela era baixa e com cabelos ondulados cor de caramelo queimado assim como os olhos.

- Ainda bem que temos a estratégia da Alice para te acordar. - ela disse parecendo se divertir com meu mau humor.

Olhei para minha irmãzinha que parecia uma réplica menor da minha mãe brincando com o garfo e amassando um pedaço de pão com ele.

Alice tinha 4 anos de idade e uma disposição que parecia nunca acabar. Ela me olhou e sorriu com os dentes falhados.

- isso porque você nunca foi acordada com uma criaturinha pulando e babando na sua cama. - resmunguei vendo meus pais rirem.

- na verdade já, muitas vezes. - minha mãe disse pensativa.

Anjos da TerraOnde histórias criam vida. Descubra agora