Capítulo 35

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Acabou que meus pais quiseram fazer uma festa particular, na verdade um jantar disfarçado.

Com a permissão a contragosto deles Nate pode ir. Nick e Chris também apareceram. Mesmo sabendo que ela não iria tive esperanças de Rose me dar algum sinal de que se importava, ou ao menos estava viva. Mas nada aconteceu.

No meio da noite estávamos sentados na mesa, conversas distintas entre os mini grupos. Nick e Chris lembravam algo do ano passado, meus pais prestavam atenção neles enquanto eu ajudava a Alice a comer com Nate ao meu lado observando.

Ele estava estranhamente quieto, o que era até compreensível pelos olhares que meu pai dava a ele, mas eu duvidava que fosse por isso.

Nate tocou meu pulso analisando a pulseira.

- o que é isso? – perguntou curioso.

Sorri mostrando a de Ali também, ela olhava para Nate com fascínio.

- Ali fez para mim de aniversario. É um modo de mostrar que estamos sempre juntas. – respondi limpando a boca dela.

- é um bom modo de mostrar isso. – ele observou. – ela precisa de você.

Isso fez meu coração doer.

- é, precisa. Acho que consigo entendê-la melhor, por isso ela consegue conversar comigo. – falei a observando encarar Nate sem quase não piscar. – ela gosta de você. É muito difícil ela gostar de alguém.

Ele sorriu presunçoso, olhando de mim para ela.

- ela é interessante. Nova, mas vê tão claramente. Por mais que eu odeie dizer isso acho que ela não gostou de mim, só está fascinada com o que está vendo. – explicou com seus olhos nela.

Neste momento minha mãe recolhia os pratos com a ajuda de Nick enquanto meu pai conversava algo com Chris indo para a sala.

- o que você acha que ela vê? – perguntei em um pensamento alto. Inclinei-me para Ali com um sorriso simpático. – Ei, Ali. Você gosta do tio Nate?

Ela o analisou antes de responder.

- como o papai. – respondeu inocente.

Gemi.

- não repita isso. – a adverti ouvindo Nate rir baixo. – tipo, nunca mais.

Ela fez uma careta e assentiu sem se preocupar, então desceu da cadeira e correu para a sala.

- não a culpe, ela só está juntando as semelhanças. – ele disse despreocupado e divertido.

Fechei a cara para ele.

- não é engraçado. – afirmei o fazendo segurar o riso.

- é sim. Admita. – ele segurou minha mão o que foi o mais perto que chegamos a noite toda.

Sua aura quente me fez suspirar com um breve alivio.

- é repugnante. – destaquei o vendo considerar isso.

- Ei! Christopher, o que houve? – meu pai praticamente gritou da sala nos fazendo ir correndo até lá.

Chris estava encolhido no sofá como se estivesse com dor, soava e parecia ainda mais pálido do que já era, quase esverdeado. Ele tremia enquanto meu pai se agachava a sua frente.

Fizemos uma roda ao seu redor, minha mãe com Alice no colo, Nick olhando assustado para Chris tanto quanto eu e somente meu pai e Nate pareciam mais calmos.

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