capítulo 9

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(Megan on)

Meu pai convenceu minha mãe a deixar eu voltar novamente a escola.
Hoje eu não fui, o Flávio vinha me ver.
Flávio é o meu pai biológico, o cara que contribuiu para a minha triste existência. Ele nunca gostou de mim, fazer o que né, mais eu nunca odiei ele, assim como nunca odiei minha mãe.
Com pouco tempo depois ele chegou.
Flávio: Megan, precisamos conversar.
Megan: Oi papai, que bom que lembrou que existo.
Flávio: Megan, por favor, deixe de drama.
Megan: Drama senhor Flávio ? Já vi que você não me conhece.
Flávio: Olha Megan, o que você pensa que ta fazendo ? Você tá errada, não pode sair assim menina, você já tem dezesseis anos Megan, não pode agir feito criança.
Megan: Não começa Flávio, quem é você para vim aqui me dar lição de moral ? Você não é meu pai, não é nada meu.
Flávio: Cale a boca garota, eu sou seu pai, você tem mesmo sangue que o meu ouviu. - me levantei com raiva e fui ate o meu quarto, peguei um estilete e fui ate a sala onde o Flávio estava.
Megan: Ta ai o seu sangue papai. - falei chorando e passei o estilete em cima do pulso. Ele simplesmente deu um tapa na minha cara e disse que eu realmente era uma idiota. Ele foi embora e eu entrei para o meu quarto.
Resolvi sair para caminhar um pouco, meu pai tinha me liberado já que minha mãe não estava em casa.
Fui caminhando até a praia, era um pouco longe mais eu precisava pensar, não tinha achado um sentido pra minha vida ainda. Sentei na areia e continuei a escrever minha carta.
Do nada, passou um menino, me olhou e saiu, não entendi nada, pouco tempo depois ele voltou.
Xxxx: oi, tudo bom ? Eu vim aqui te trazer isso. - nunca tinha visto ele.
Megan: Oi, é... Obrigado. - falei sorrindo, enquanto recebia a flor que ele me Entregou.
Xxxx: Agora eu tenho que ir moça. - ele falou já saindo.
Megan: Espera, me diz pelo menos o seu nome. - falei antes que ele saísse.
Xxxx: Vamos ter muitas oportunidades ainda, e talvez em uma dessas eu diga o meu nome.
Nunca ninguém tinha feito isso comigo e confesso que só aquele sorriso lindo dele me fez sorrir também. Espero ver ele novamente, seria bom sorrir de verdade outras vezes.

A carta de uma suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora