capítulo 15

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(Cristina on)

A dor me invadiu ao saber que minha filha estava em um hospital. Eu estava desesperada, não sabia o que fazer. Nunca fui uma mãe amorosa e nunca tratei a Megan com amor, eu sei disso, mais ela nunca deixou de ser minha filha.
Eu era modelo e descobri que estava gravida na véspera de uma viagem importante, eu dediquei toda a minha vida aquela profissão, eu era linda, e a predileta de todos os fotógrafos e de todas as agências de moda, mais quando descobriram que eu estava grávida cancelaram todos os meus contratos e disseram que eu não servia mais para ser modelo, então eu passei a colocar toda a culpa na Megan. Me lembro do dia que ela nasceu, ela era linda, não existia criança mais linda que ela no mundo, mais eu a rejeitei, e falei coisas horríveis. Eu também já tentei me matar logo quando a Megan nasceu, mais não tive sorte.
Hoje vejo a minha filha, fazendo as mesmas coisas que eu fiz por minha causa, por eu ter culpado ela de um erro meu, se eu pudesse voltar no tempo e cuidar dela como uma verdadeira mãe.
Rodolfo: O que houve meu amor ? - falou ao me ver chorando.
Cristina: A Megan. - falei em meio a soluços.
Rodolfo: O que houve com a nossa filha?
Cristina: Ela tentou se matar Rodolfo, por minha causa, poque eu nunca dei o amor que ela merecia. -Depois de me acalmar, ele ligou para o Leandro que nos informou o hospital onde ela estava. Chegamos em 20 minutos. As lágrimas inundaram o meu rosto ao ver minha filha naquela cama de hospital, desacordada.
Cristina: Filha? Me desculpa minha bebê, eu te amo tanto, volta pra mim.
Rodolfo: Calma meu amor, vamos pra casa o Leandro vai ficar hoje aqui com ela e amanhã você vem.
Fomos para casa, entrei no quarto dela e comecei a olhar as coisas, foi ai que achei uma carta, bastante grande por sinal, comecei a ler e vi que não deveria ler sozinha. Liguei para o Flávio e avisei a ele o que havia acontecido, falei da carta e pedi que ele estivesse no hospital as 8:00 da manhã. Liguei para o Gabriel e depois de ter contado o que aconteceu marquei o mesmo horário no hospital. Me deitei na minha cama e fui ler o papel que o Leandro tinha me entregado.

Querida mamãe espero que esteja orgulhosa, sua filha realizou seu maior sonho, Te amo.
Querido papai peço que não chore, estou bem melhor agora, te amo.

Quando terminei de ler, chorei como nunca tinha chorado, e resolvi conversar com o meu único amigo, e entreguei a vida da minha filha nas mãos dele, nas mãos de Deus.

A carta de uma suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora