capítulo 17

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(Flávio on)

Estava deitado quando o meu celular tocou, olhei no visor e vi que era a Cristina, a Megan deve ter aprontado novamente.
Flávio: Alô! O que foi dessa vez ?
Cristina: A Megan está no hospital sabia.
Flávio: O que foi que ela fez dessa vez?
Cristina: Ela tentou se matar, sua filha tentou se matar por nossa culpa.
Flávio: Como assim ? O que ela fez ? Pera, repete. Por minha culpa?
Cristina: Nunca fomos pais presentes, nunca fomos bons pais.
Flávio: Em que hospital ela ta ? Quero ver minha filha.
Cristina: Ela está no hospital do centro, o Leandro está lá com ela, nossa filha deixou uma carta para algumas pessoas, ela queria fazer isso já faz algum tempo. 
Flávio: Tá certo. Obrigado por ter me avisado.
Cristina: Eu querendo ou não você é pai dela e você merecia saber tanto quanto eu.
Ela desligou e eu fiquei sem saber o que fazer, do nada comecei a repensar minha vida, a ver quem eu realmente era, fui na gaveta do meu criado mudo e peguei um álbum pequeno, tinha poucas fotos, mais eram as fotos mais lindas. Quando olhei a primeira foto uma lágrima rolou, eu não consegui segurar, a foto era eu e a Megan, ela tinha uns 8 meses, era linda, eu lembro, ela tava no meu ombro, com um sorriso tão lindo, foi ai que eu percebi a princesinha que eu tinha, e agora eu estava prestes a perde-lá, e Sim, a culpa era minha. Eu não entendo como me afastei tanto da minha filha, ela era a única que eu tinha, era minha princesa, mais eu a deixei ir, e agora ela cresceu, virou uma mulher. Não sei como ela ainda pode me amar, eu sei que nunca fui um pai pra ela, só à acompanhei até 1 ano e 6 meses e depois disso eu sumi do mapa, quando voltei ela já tinha 10 anos e também já tinha um pai, sim, um pai, um cara que realmente era digno de ser chamado assim, diferente de mim que nunca fui um pai, nunca fui um exemplo de pai, na real, eu nunca fui um exemplo de nada. Mais como o ditado já diz "a gente só da valor quando perde" , eu sinceramente espero que não seja tarde de mais para que eu dê valor a minha filha, espero não ter que Perde-lá, eu à amo tanto.

A carta de uma suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora