capítulo 20

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(Cristina on)

Fui para o hospital as 7:40, quando cheguei o Gabriel e o Flávio já estavam lá me esperando, subimos para o quarto da Megan.
Cristina: Oi Leandro. Como ela está?
Leandro: Ela piorou dona Cristina. O médico deu 4 dias pra ela, se ela não reagir eles irão desligar os aparelhos.
Rodolfo: Não, eles não podem fazer isso, ela é minha filha. Eu não permito.
Leandro: Calma seu Rodolfo, vamos ter fé.
Cristina: Eu chamei vocês aqui por um motivo diferente, a Megan deixou uma carta, uma carta para cada um de nós.
Comei a ler a carta, a primeira falava sobre ela, do quanto ela era triste, nunca pensei que minha filha fosse infeliz daquela forma. A segunda era para mim, não entendi como ela conseguia me amar, eu era horrível, uma péssima mãe. A terceira era para o Gabriel, ela realmente o amava, como ele foi idiota. A quarta era para o Rodolfo, ele sempre foi um bom pai, ele foi realmente um pai. A quinta era para o Flávio, ele era igual a mim, um péssimo pai. E a última era para o Leandro.
Quando terminei de ler a carta do Leandro ouvi uma voz que fez com que os meus olhos se enchessem de lágrimas.
Megan: Desculpa amor, eu esqueci de uma frase na sua carta, Eu te amo.
Ouvir a voz da minha filha foi a melhor coisa que poderia acontecer naquele momento. Ela tinha voltado, voltado pra mim.
Cristina: Filha, eu te amo tanto
Flávio: Meu amor, me desculpa tá, te amo minha princesa.
Leandro: Meu Deus, muito obrigado. Minha pequena, eu te amo tanto.
Rodolfo: Meu amor, você me fez tanta falta. Quase matou o seu pai do coração.
Ver minha filha sorrindo naquele momento foi a melhor coisa pra mim.
Gabriel: Megan, graças a Deus você acordou, agora eu tenho que ir tchau. - Ele saiu sem esperar ninguém responder.
Eu sai para chamar o médico, ele tinha pedido para avisa-ló caso ela tivesse alguma melhora e quando voltei era como se o meu sonho tivesse se tornado um pesadelo. Ouvi gritos e choros, ninguém me respondia nada, os enfermeiros nos colocaram na sala de espera e lá ficamos durante 2 horas, sem nenhuma notícia da minha filha.
Médico: Vocês que são os acompanhantes da paciente Megan Bllen ?
Cristina: Sim, eu sou mãe dela, doutor por favor me de alguma notícia da minha filha.
Médico: Fizemos tudo que estava ao nosso alcance, mais infelizmente a paciente não resistiu.
Leandro: Não, não pode ser verdade.
Médico: Meus pêsames.

A carta de uma suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora