Capítulo 10 - O labirinto de Zarbom

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Zariel continuava seu caminho e olhava para céu para se manter sempre ao sul, começa a ficar mais difícil se orientar já que pouco se enxergava ali da floresta, a mata estava ficando cada vez mais fechada e por tudo que passou até agora imaginava que aventuras ainda maiores estavam por vir, podia sentir uma força estranha que se aproximava. Ele ia abrindo caminho com a espada cortando os arbustos e cipós, quanto mais cortava mais apareciam. Chegou em uma parte onde não consegui mais seguir em frente, estava cercado por selva, ele usou um pouco mais de força para tentar abrir caminho a força quando sua espada se chocou com algo, ouve um barulho estrondoso e seu braço foi jogado para trás com o impacto. Zariel sentiu sua mão formigar com o choque e seu ouvido zunir, pelo som o choque foi com algo de metal. A espada não se quebrou, mas tão pouco cortou o que estava em seu caminho, Zariel limpou os galhos que sobraram até conseguir identificar uma porta circular que realmente era de metal mais de um tipo que ele nunca tinha visto, talvez estivesse encantada, pois sua espada nem sequer a arranhou. Zariel viu uma serie de símbolos na porta e graças ao Ancião conseguiu traduzir, dizia: Labirinto de Zarbom. Aquilo que está em cima também é o que está em baixo, mais nem tudo é o que parece ser. Seja bem-vindo!

Zariel parou e tentava se lembrar de alguma coisa que o Ancião havia falado. Algo sobre atravessar para o lado sul. Teve um estalo e se lembrou. Seria necessário passar por um labirinto, onde o irreal e o real se misturavam e os mundos se tornavam um.

Zariel viu que no centro da porta tinha uma pequena abertura e circulando essa abertura uma inscrição que foi difícil para Zariel traduzir devido estar muito pequena e quase ilegível, dizia: Com sangue se abre e com sangue será fechada. Zariel não entendeu, a princípio ficou repetindo mentalmente a frase tentando faze-la ganhar algum sentido, deu um soco no metal e o mesmo não sofreu nada, ele analisou novamente a porta e percebeu uma pequena ponta no centro da inscrição, ele passou o dedo e uma pequena agulha o feriu, uma gota de sangue sujou a inscrição e o sangue de Zariel se multiplicou fazendo as letras brilharem, o metal se derreteu e um portal foi aberto.

- Com sangue se abre e com sangue será fechado. Engenhoso. Disse Zariel já atravessando o portal.

Quando ele passou pelo portal ele voltou a ficar rígido, tudo ficou escuro.

- Efiuz. Disse ele, e a luz iluminou somente alguns paços a sua frente. Zariel empunhou sua espada e tentou tocar no portal mais ele não estava mais lá, foi andando cauteloso e alguns metros depois tochas iluminaram uma passagem, passou por ela e chegou o que parecia ser uma encosta, podia ver perfeitamente onde estava, ainda não estava dentro literalmente do labirinto mais aquela visão o ajudaria na escolha de seu caminho para atravessa-lo. Podia ver perfeitamente todo o labirinto e analisava e guardava mentalmente o trajeto que devia seguir. Podia ver um portal bem ao fundo ao final do labirinto, talvez fosse a saída. O portal parecia estar a quilômetros de distância, Zariel olhou para baixo e uma escadaria levava até uma pequena porta de madeira, era a entrada para o labirinto. Depois de guardar bem na memória o caminho que iria fazer ele foi até a porta de madeira, achou engraçado que para um labirinto tão grande uma porta de entrada tão pequena, realmente quando ele entrou a porta era totalmente desproporcional ao ambiente, era como entrar em um castelo cheio de corredores e portas, ele começou a andar olhando tudo a sua volta e percebeu que foi enganado, a vista que tinha do alto não serviria nada, ali dentro do labirinto as coisas eram bem diferentes. Haviam várias passagens e após muitas horas pelo menos foi o que lhe pareceu parou angustiado, por muitas vezes passou pelo mesmo lugar, ficou de cabeça para baixo e se viu entrar e sair pela mesma porta sendo que estava em lados diferentes. O labirinto era muito estranho, às vezes parecia estar dentro de uma casa com milhares de corredores, andares e às vezes ao ar livre em uma floresta. Zariel já estava cansado de andar, não importava qual caminho escolhe-se todos o levavam à lugar nenhum, resolveu então marcar as portas e paredes por onde ia com um x, ele absolutamente estava perdido no labirinto quando ao atravessar uma porta, antes de dar um passo viu que o chão estava estranho, havia números e letras em cada pedra, ele bateu com sua espada em uma das pedras e nada aconteceu ele então resolver atravessar a sala porem ao pisar em outra pedra um enorme tronco passou a centímetros de seu nariz, se não fosse seus reflexos estaria sem seu lindo rosto ou talvez sua cabeça. Zariel olhou o chão e tentou outra pedra agora com a letra A esculpida nela, ele bateu com a espada e vários dardos foram disparados de um lado para o outro da parede do corredor. Ele se viu em apuros, pois cada pedra agora parecia conter uma armadilha e a porta a suas costas havia sumido dando lugar a uma parede negra que parecia querer sugá-lo para dentro dela. Zariel continuou tentando batendo nas pedras com a espada quando bateu em uma com o número 666 labaredas de fogos tomaram todo corredor, Zariel percebeu que se não fizesse algo rápido seus dias de aventura estariam contados, então teve uma ideia como não pensara nisso antes poderia passar pelas armadilhas usando o domo de esmeraldas, por um instante viu sua sorte voltando e pensar como foi burro. Concentrou sua energia e nada aconteceu, pronunciou domo de esmeralda e de novo nada aconteceu, não entendeu e tentou evocar o espírito oculto mais nada, não entendia o que estava acontecendo de alguma forma o labirinto tinha selado os seus poderes.

Zariel - O espírito do lago de cristalOnde histórias criam vida. Descubra agora