Capítulo 15: O fim.

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Eu estava com quase cinco meses de gravidez, mais eu queria ir á luta mesmo assim, eu tinha que estar lá e torcer por ele. Não vá, você pode perder o bebê ele disse. Você sabe, Abby, a gente se esmurra, sangra, fica com alguns roxos. E se eu pegar um adversário que seja mais hábil? Você pode ficar assustada e perder o nosso filho. Não me importei, queria ir, eu não iria perder o bebê por causa disso.

Me arrumei, deixei os cabelos soltos, coloquei um vestido e um salto alto, hoje seria o dia em que ele iria se tornar mais conhecido por todos, se ele ganhar tudo vai melhorar. E mais, eu estarei lá, na primeira fileira, vendo tudo de pertinho e torcendo por ele.

Todos gritavam, a luta estava prestes a começar. Adrian olhou rapidamente para mim, de um jeito que só eu perceberia, depois olhou para o seu adversário, completamente hidrófobo. A luta começa, e Adrian já começa desferindo um soco no peito do adversário. Adrian dava golpes nele que eu sequer sabia da existência, muito menos dos nomes, sou totalmente leiga neste assunto, só conseguia ficar boquiaberta com o que meu homem conseguia fazer. O adversário não teve nem tempo de se recompor e já foi levado a nocaute, foi tudo tão rápido para mim, mass para eles deve ter sido uma eternidade. Todos gritavam o nome do meu amor em alto e bom som, eu estava muito feliz por ele. Vi então ele me chamar, envergonhada, fui até ele, sem entrar no ringue. Adrian colocou suas duas mãos em meu rosto e nós encostamos nossos narizes, a plateia vibrava. Ele estava tão quente.

- Eu te amo. – Ele disse quase sussurrando.

- Eu também.

E então nos beijamos.

[...]

ADRIAN HILL

Eu não aguentava mais esperar, Elliot e Duncan tentavam me acalmar de toda forma.

- Por que eu não posso ficar lá dentro com ela? Que droga!

- Calma, são ordens médicas.

- Ordens médicas o caramba, eu quem deveria escolher.

- A gravidez dela é de risco. – Diz Elizabeth, mulher de Elliot. – Você precisa ficar calmo, está nervoso demais.

- Eu não consigo, está demorando demais.

O telefone toca, é minha mãe.

- Como estão as coisas aí?

- Não sei, mãe, não aguento mais esperar.

- Já estamos chegando, se acalma.

- Vou tentar mãe.

- Com licença, quem é o pai? – Diz a médica.

- Eu. – Levanto minha mãe eufórico.

- Me acompanhe, seu filho acabou de nascer.

Olho para eles e vibro, todos riem, mais sinceramente, estou muito nervoso. Visto a roupa adequada para se estar na sala de parto e então adentro, e vejo Aby segurando o nosso menino, ele nasceu com poucos cabelos, mais dá para perceber que puxou a mãe, só pelos fios ruivos.

- Amor, ele é lindo. – Ela diz e então me entrega nosso bebê.

Pego ele com todo o cuidado do mundo, como se fosse de porcelana e pudesse quebrar a qualquer momento. Chego meu rosto perto do dele, e sinto sua respiração, leve e ofegante, consegui ver ele por poucos segundos, pois ele começou a chorar, e eu também. Aby sorriu para mim e pegou ele de volta. Tentei conter minhas lágrimas, mais não conseguia. Não dá para acreditar, sou pai. Essa criança vai ser tão amado e feliz.

- Seja bem-vindo, Henry Hill Patel.

[...]

ABIGAIL PATEL

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