Capítulo 11: Flagelo.

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Eu precisava saber se ele estava me dizendo a verdade, não gosto de pensar desta maneira, mais eu não confio nele. Como pode aparecer milhares de hematomas e arranhões em seu corpo e não ser nada? Isso não faz sentido. Hoje eu iria descobrir o que ele estava me escondendo. Cansei de ser feita de trouxa.

Peguei o carro de uma amiga, emprestado e fiquei vigiando a casa de Adrian á noite, quando deu meia noite em ponto, lá estava ele saindo com o carro ás pressas e eu atrás. Claro, de uma forma que ele não percebesse que alguém estava seguindo-o.

Ele estaciona o carro em uma garagem próximo a um local escuro e eu estaciono o meu carro na rua. Ele sai da garagem e entra em uma porta ao lado, onde estão dois seguranças alto e fortes. Ele entra, eu espero um minuto e vou atrás.

- Com licença. – Diz um dos seguranças. – Você tem a permissão para entrar.

- Estou com o meu namorado.

- Eu só quero saber se você tem permissão.

- Desculpe, não sei onde ela está. – Digo olhando meus bolsos.

- Preciso revistar você. – Diz um dos seguranças.

Quando ele ia pôr a mão em mim, Duncan aparece e segura o pulso do segurança.

- Ela está comigo. – Ele diz alto e grosso.

- Ok. – O outro segurança responde.

- Vem cá. – Duncan diz me puxando para o canto. - O que está fazendo aqui?

- Vim atrás do Adrian, quero saber o que ele faz.

- Melhor você ir para casa.

- Melhor não. Irei entrar de um jeito ou de outro.

- Você não sabe onde está se metendo.

- Pouco me importa. Só quero saber a verdade, já que ele não me conta.

- Você não vai gostar...

- Duncan, se não for ajudar então não atrapalha.

- Abigail, ele é meu amigo.

- Eu sei. E se você o considera amigo de verdade, então deixe-me entrar.

- Tudo bem. Mais não diz que fui eu quem ajudei.

- Claro, não irei dizer.

Duncan pega em minha cintura e mostra um crachá para os seguranças, eles o deixam entrar.

Assim que entramos, vejo uma multidão de pessoas sentadas e um Ringue com duas pessoas lutando. Neste momento eu já entendo o que está acontecendo. Como se fosse uma lâmpada iluminando a minha mente.

- Agora entendo. – Digo cerrando os dentes.

Sento-me longe de Duncan para que Adrian não me perceba. As lutas são brutais. Eles não se importam se a pessoa pode morrer ou não. Tive de revirar várias vezes os meus olhos para não ver certas cenas. Ainda não acredito que ele participa disso e escondeu tudo de mim, ele pode se meter em encrencas. 

As luzes se apagam e Adrian aparece no canto do Ringue com um holofote em cima dele, todos gritam o seu nome, que na verdade não é o dele, deve usar um nome "artístico". Ele parece ser bem conhecido aqui. O seu adversário aparece do outro lado, ele é alto e forte. Os dois se encaram. Adrian posiciona-se para a luta e seu adversário faz o mesmo fitando-o com os olhos enfurecidos. Estremeço!

O outro lutador parte para cima de Adrian socando seus braços que estão em defesa. Sinto calafrios. Mais Adrian é mais rápido e soca o rosto do adversário. Meu coração acelera. O outro lutador parece não ter gostado disso e enfurecido continua a soca-lo. Adrian recebe um soco no estômago. Levanto-me assustada. Adrian cambaleia e parece estar sem ar. Nossos olhos se encontram. Me abaixo rapidamente. Não consigo ver o que acontece, pois tento sair da plateia sem que ele me perceba. Ao fim só escuto todos gritarem. Adrian era o vencedor!

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